Brasil, 7 de junho de 2025
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Balança comercial registra superávit de US$ 7,24 bilhões em maio

Com exportações equilibradas e importações em crescimento, Brasil fecha maio com superávit de US$ 7,24 bilhões, o pior desde 2022

A balança comercial brasileira fechou maio com um superávit de US$ 7,24 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços divulgados nesta quinta-feira (5). O resultado mostra equilíbrio no comércio com os Estados Unidos, com aumento das exportações brasileiras e recuo nas importações no mês passado.

Sinal de equilíbrio no comércio com os EUA e impacto das tarifas

O comércio entre Brasil e Estados Unidos demonstrou equilíbrio em maio, com uma leve vantagem para os norte-americanos, que tiveram um superávit de apenas US$ 19 milhões. As exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 3,61 bilhões, com alta de 11,5%, enquanto as importações totalizaram US$ 3,63 bilhões, uma queda de 5% na comparação mensal.

Esse cenário ocorre em meio ao tarifão imposto pelos Estados Unidos na importação de aço e alumínio desde março, com tarifas que chegaram a 50% neste mês, afetando o comércio bilateral. Mesmo assim, o Brasil conseguiu manter um saldo positivo, embora em decréscimo em relação a anos anteriores, refletindo o impacto das tarifas e da guerra comercial global.

Desempenho geral do comércio brasileiro em maio

De acordo com o Ministério, as exportações brasileiras totalizaram US$ 30,15 bilhões em maio, praticamente estáveis em relação ao mesmo mês de 2024. Já as importações atingiram US$ 22,92 bilhões, com aumento de 4,7%, evidenciando uma tendência de crescimento nas compras externas.

Na parcial do ano, o saldo acumulado ficou em US$ 24,43 bilhões, uma queda de 30,6% comparado ao mesmo período de 2024 (US$ 35,23 bilhões). As exportações, por sua vez, somaram US$ 136,93 bilhões, com leve alta de 1%, enquanto as importações atingiram US$ 112,49 bilhões, impulsionadas pelo aumento de 11,4% na base anual.

Principais produtos e mercados em maio

Entre os principais itens exportados, destacam-se:

  • Soja: US$ 5,53 bilhões, queda de 3,9%
  • Óleos brutos de petróleo: US$ 4,38 bilhões, recuo de 9,7%
  • Minério de ferro: US$ 2,3 bilhões, baixa de 4,7%
  • Café não torrado: US$ 1,21 bilhão, alta de 3,5%
  • Carne bovina: US$ 1,13 bilhão, aumento de 18,8%
  • Açúcares e melaços: US$ 1 bilhão, queda de 28%

Quanto aos principais mercados, os Estados Unidos tiveram alta de 11,5%, com compras de US$ 3,6 bilhões. China e Macau continuam sendo os maiores destinos, somando US$ 9,68 bilhões, embora com recuo de 0,5%, enquanto a União Europeia fechou com US$ 4,61 bilhões, recuando 5,9%. O Mercosul, especialmente a Argentina, mostrou forte crescimento de 49,6%, atingindo US$ 2,22 bilhões.

Impacto das tarifas dos EUA e perspectivas

As tarifas de 25% sobre aço e alumínio importados pelos EUA e as tarifas extras anunciadas em abril continuam afetando o comércio bilateral. Após uma redução temporária de 90 dias, as tarifas sobre produtos chineses foram elevadas a 145%, levando a retaliações comerciais entre Pequim e Washington. Recentemente, as tarifas americanas aumentaram para 50%, impactando especialmente produtos brasileiros.

Especialistas avaliam que, apesar das tensões, o comércio Brasil-EUA tem mostrado resiliência. A tendência aponta para uma recuperação gradual, embora as tarifas continuem representando um desafio às negociações comerciais.

Próximos passos

O governo brasileiro deverá aprofundar as estratégias para diversificar mercados e minimizar os efeitos das tarifas. A expectativa é que medidas de estímulo às exportações e negociações comerciais avancem para fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional.

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