O bailarino brasileiro Luiz Fernando da Silva, natural de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, está vivendo um momento difícil na carreira. Após 10 anos construindo seu caminho artístico nos Estados Unidos, Luiz teve seu pedido de visto de trabalho negado. A negativa ocorreu após sua aprovação em uma das companhias de dança mais prestigiadas do país, o Dance Theatre of Harlem, em Nova York.
Início da trajetória no balé
Luiz começou sua jornada no balé profissional aos 15 anos, quando se inscreveu em um curso de dança em Porto Real, no interior do Rio de Janeiro. “Na época, eu não tinha dimensão do que o balé viria a se tornar na minha vida”, recordou. Seu primeiro contato internacional com a dança aconteceu em 2012, quando participou de um festival em Nova York. Foi nesse momento que Luiz decidiu prosseguir com a dança como profissão, almejando uma carreira em uma companhia de balé.
Após anos de dedicação e participação em festivais, ele conquistou uma bolsa na Miami City Ballet School. Com muito esforço, Luiz integrou a companhia profissional até 2024, quando decidiu buscar novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento artisticamente.
O golpe da negativa do visto
Após ser aprovado em uma audição no Dance Theatre of Harlem, Luiz viu sua carreira tomando um novo rumo. Com contrato assinado, ele deu entrada no pedido de visto de trabalho, mas a resposta, recebida em abril de 2025, foi um choque: a negativa.
“Em maio de 2024, eu vim para o Brasil esperando todo esse processo de aplicação para o novo visto de trabalho com a companhia do Harlem, e durante esse período, meu visto foi negado”, relatou Luiz, ainda sem conseguir processar a frustração da situação. Segundo ele, todos os documentos necessários foram apresentados, incluindo cartas de recomendação de coreógrafos e professores com quem trabalhou, mas o visto foi negado sob a alegação de falta de experiência suficiente.
Impacto das políticas de imigração dos EUA
Desde a posse de Donald Trump, os Estados Unidos implementaram regras mais rígidas para a concessão de vistos de trabalho, afetando diretamente a vida de muitos artistas e profissionais estrangeiros. As novas exigências, que aumentam as dificuldades de comprovação de experiência, têm gerado um impacto negativo entre dançarinos e outros profissionais da arte.
Luiz expressou sua tristeza ao receber a notícia, afirmando que o visto era a chave para continuar sua carreira: “Esse momento foi bem chocante para mim. Juntei todos os documentos, mas alegaram que não era o suficiente”.
Recomeço e desafios futuros
Agora, Luiz se encontra em Barra Mansa, aos cuidados de seus pais, tentando reorganizar sua vida e carreira. O futuro está incerto, mas ele considera a possibilidade de seguir sua paixão pelo balé em outros países. “Estou ainda processando tudo que está acontecendo, porque é uma mudança muito grande na minha vida”, revelou.
Luiz Fernando da Silva exemplifica a luta de muitos artistas brasileiros que buscam reconhecimento no exterior. A negativa de seu visto não é apenas um entrave pessoal, mas um reflexo de políticas que podem dificultar o sonho de muitos. No entanto, a paixão pela dança e a determinação para continuar criando e se apresentando permanecem vivas em seu coração.
Acompanhe os desdobramentos dessa história e a trajetória de Luiz nas redes sociais, onde ele compartilha suas emoções e planos para o futuro.
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