Brasil, 6 de junho de 2025
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Ações recentes nos EUA reforçam debates sobre aborto e direitos religiosos

Organizações e governos estaduais continuam a disputar o acesso ao aborto, com destaque para Kentucky e ações judiciais nos Estados Unidos

Recentes movimentações judiciais e políticas nos Estados Unidos evidenciam o aprofundamento do debate sobre aborto e liberdade de expressão. Em Kentucky, a ACLU desistiu de uma ação contra a legislação antiaborto, enquanto protestos pró-vida e reivindicações por liberdade de expressão também marcam a discussão.

Kentucky: ACLU desiste de ação contra a lei antiaborto

A União Americana pelos Direitos Civis de Kentucky anunciou a retirada de uma ação judicial contra as leis de proteção ao aborto, incluindo a lei que proíbe a maioria dos procedimentos após a revogação de Roe v. Wade. O processo havia sido protocolado em 2024 por uma mulher identifica sob pseudônimo, atualmente com sete semanas de gestação, para contestar as restrições do estado.

A decisão de desconsiderar a ação foi comunicada na semana passada, sem detalhamento dos motivos. Segundo a diretora executiva da ACLU de Kentucky, Amber Duke, “decisões sobre assistência médica devem permanecer privadas”, embora ela reafirme o compromisso de lutar pela reversão do aborto no estado. Kentucky permite aborto somente em casos de risco à vida ou à saúde da mãe, tendo realizado apenas 23 procedimentos em 2023.

O procurador-geral de Kentucky, Russell Coleman, comemorou a decisão, afirmando que “os valores pró-vida prevaleceram” e que “vidas inocentes continuarão a ser salvas”.

“Kentuckians podem se orgulhar que nossos valores pró-vida prevaleceram”, afirmou o procurador-geral Russell Coleman. Crédito: Departamento de Justiça dos EUA, Domínio Público, via Wikimedia Commons

Coleman também publicou nas redes sociais que os “valores pró-vida de Kentuckians venceram neste dia” e que “mais vidas inocentes serão salvas”.

Protestos pró-vida entram na Justiça por liberdade de expressão

Nos Estados Unidos, um casal jovem de Ohio entrou com ação judicial após a prisão do marido, Zachary Knotts, por usar megafone em protestos pró-vida em frente a uma clínica de aborto. A esposa, Lindsay Knotts, também declarou que seus direitos de expressão religiosa e liberdade de expressão foram violados.

O incidente ocorreu em maio de 2025, durante manifestações aos sábados no centro de Cuyahoga Falls. Zachary foi autuado por desordem pública ao usar o megafone para contrabalançar o barulho de pessoas a favor do aborto, que utilizavam apitos e instrumentos musicais para dificultar a fala dele.

A denúncia aponta que o arresto foi retaliatório e que a aplicação da regra de proibição de fala amplificada não foi uniforme, atingindo apenas Zachary, o que viola o direito à liberdade de expressão.

Solicitação para expandir acesso ao medicamento abortivo

Os procuradores-gerais de Massachusetts, Califórnia, Nova Jersey e Nova York solicitaram à Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) que eliminasse as restrições ao uso do medicamentos abortivos, como o mifepristona. O pedido ocorreu após a FDA anunciar revisão de sua segurança.

Na petição conjunta, os estados pedem que a FDA remova requisitos de certificação de prescrição, formulários de consentimento e certificação de farmácias. A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, destacou que o medicamento possui 25 anos de registro de segurança e que barreiras desnecessárias devem ser eliminadas.

A solicitação acompanha estudos recentes que apontam riscos, como hospitalizações, transfusões de sangue e sépsis entre pacientes de abortos químicos com o uso da combinação de drogas mifepristona e misoprostol.

Perspectivas futuras no debate sobre aborto nos EUA

À medida que várias ações judiciais e políticas são adotadas, o cenário nos Estados Unidos revela um país dividido entre avanços pró-vida e a defesa pelo acesso ao aborto. Organizações e governos estaduais continuam a influenciar o debate, que promete novas batalhas legais, especialmente na esfera federal.

Assessores jurídicos afirmam que os próximos meses serão decisivos para definir o futuro da legislação de aborto, com possíveis mudanças na interpretação da lei federal e novas regulamentações.

Para seguir acompanhando esses desdobramentos, consulte fontes oficiais como o ABC News e declarações públicas das autoridades estaduais.

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