Brasil, 6 de junho de 2025
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Volkswagen prevê corte de 35 mil postos na Alemanha até 2030

Automobilística alemã planeja reduzir sua força de trabalho e implementar semana de quatro dias a partir de 2027, em meio a crise financeira

A Volkswagen, maior montadora da Europa, anunciou nesta quarta-feira (04/06) a adesão de cerca de 20 mil funcionários a um programa de demissão voluntária até 2030. Com a medida, a corporação se aproxima da meta de eliminar 35 mil postos de trabalho no país, equivalente a 27% do total atual, que é de 130 mil colaboradores.

Reestruturação para reduzir custos e consolidar produção de veículos elétricos

Após negociações com sindicatos, a Volkswagen chegou a um acordo que prevê cortes principalmente por meio de aposentadorias antecipadas e programas de demissão voluntária, incluindo funcionários jovens. Além disso, a companhia oferecerá a redução da jornada semanal de trabalho para funcionários próximos da aposentadoria, visando melhorar sua saúde financeira.

Segundo Gunnar Kilian, chefe do departamento de pessoal da VW, “as primeiras medidas do acordo ‘Futuro Volkswagen’ estão em vigor, e estamos no caminho certo”. Ele destacou que melhorias nos custos de produção em unidades da Alemanha aceleram a transformação da empresa.

Desafios financeiros e transformação do mercado

Apesar do anúncio, o diretor financeiro, David Powels, ressaltou que as metas de economia ainda não foram atingidas. A Volkswagen enfrenta dificuldades devido aos altos custos e à baixa demanda por veículos elétricos, especialmente em fábricas dedicadas ao setor, como Zwickau e Emden.

Além disso, a queda nas vendas e lucros na China, principal mercado do grupo, preocupa a companhia perante concorrentes locais como BYD. Na fábrica de Wolfsburg, que produz veículos a combustão como Golf e Tiguan, a produção tem sido sustentada por boas vendas atuais, mas a presidente do conselho de trabalhadores, Daniela Cavallo, alertou para a tendência de queda irreversível do Golf.

Semana de quatro dias e futura produção de veículos elétricos em Wolfsburg

Para adaptar-se à transição, a Volkswagen planeja transferir a produção do Golf a combustão para o México a partir de 2027, enquanto a unidade de Wolfsburg passará a produzir apenas versões elétricas do modelo. Daniela Cavallo revelou que, nesse cenário, uma semana de trabalho de quatro dias na fábrica de Wolfsburg não será um cenário improvável a partir de 2027.

Ela também orientou os trabalhadores a assumirem turnos extras, a fim de preparar a mão de obra para o período de redução de horas onde for necessário, garantindo maior segurança financeira no futuro.

Perspectivas futuras para a fábrica de Wolfsburg

Segundo Cavallo, o futuro da unidade está mais seguro com os planos de produzir o Golf elétrico e um novo SUV compacto até o final da década. No entanto, a transferência da produção do Golf a combustão para o México é vista como inevitável por parte dos funcionários, o que gera preocupações sobre o impacto na empregabilidade na fábrica.

Enquanto isso, a montadora continua buscando equilibrar custos elevados com a necessidade de inovação e sustentabilidade, tentando recuperar sua rentabilidade diante dos desafios do mercado global.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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