O setor siderúrgico brasileiro reivindica o retorno a um acordo firmado em 2018, durante o governo de Donald Trump, que estabeleceu cotas de exportação e evitou tarifas de importação elevadas para o mercado americano. A proposta busca impedir o aumento das tarifas, atualmente em 50%, sobre o aço, e proteger as exportações brasileiras.
Histórico e proposta de recuperação do acordo de 2018
Em 2018, Brasil e EUA negociaram uma cota de exportação de 3,5 milhões de toneladas de semiacabados e placas, além de 687 mil toneladas de laminados, sujeitas a tarifas acima de certos limites. Com a elevação das tarifas para 50% recentemente, o setor siderúrgico brasileiro pede o restabelecimento dessas cotas de livre comércio, argumentando que isso evitaria prejuízos às exportações nacionais.
“Nosso objetivo é evitar um aumento maior nas tarifas, que impacta diretamente a competitividade do aço brasileiro no mercado norte-americano”, afirmou Antônio Carlos, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Siderurgia (Aneso). A iniciativa visa preservar o fluxo comercial e evitar retaliações que possam afetar toda a cadeia produtiva.
Impactos econômicos e perspectivas futuras
Segundo especialistas, a volta ao acordo de 2018 poderia trazer estabilidade às exportações e reduzir a tensão comercial entre os dois países. Além disso, evitar tarifas elevadas ajudaria o setor a manter sua produção e preservar empregos.
A proposta também conta com apoio de entidades empresariais que defendem o livre comércio de aço, destacando a importância de um acordo bilateral que seja equilibrado para ambas as partes. Para isso, o setor negocia com representantes do governo brasileiro e busca sensibilizar os EUA sobre os benefícios de uma solução compatível com interesses econômicos de ambos os países.
Próximos passos e desafios
O governo brasileiro estuda os passos a serem tomados nas negociações com Washington, buscando alternativas para evitar o aumento das tarifas. Além disso, aguarda uma posição oficial do governo dos EUA e procura fortalecer o diálogo diplomático para reativar o entendimento firmado anteriormente.
Segundo fontes do setor, a retomada do acordo de 2018 depende de negociações políticas que consideram interesses estratégicos e comerciais de ambos os países, além de possíveis ajustes nas cotas e nas condições de importação.
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