Brasil, 6 de junho de 2025
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Sergio Moro defende Marcelo Bretas após aposentadoria compulsória

Sergio Moro criticou a sanção ao ex-juiz Marcelo Bretas, argumentando que faltam provas para justificar a decisão do CNJ.

Nesta quarta-feira (4), o ex-juiz federal e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se pronunciou em defesa do ex-juiz federal da Operação Lava Jato, Marcelo Bretas, que foi punido com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Conhecido como “o Moro do Rio”, Bretas enfrentou sérias acusações que levaram à sua sanção.

A alegação de Moro sobre a falta de provas

O senador Moro criticou duramente a decisão do CNJ e destacou que, em sua avaliação, não existem provas suficientes para justificar a aposentadoria compulsória de Bretas. “Fiaram-se basicamente na delação de um advogado ressentido e investigado, cuja homologação havia sido previamente rejeitada, por falta de provas de corroboração, pelo STJ e pelo TRF2, sucessivamente”, afirmou Moro, sugerindo que a punição foi excessiva e baseada em elementos frágeis.

Irregularidades reconhecidas pelo Ministério Público

Além de contestar a sanção, Moro mencionou que o Ministério Público reconheceu várias irregularidades nos processos administrativos que levaram à punição de Bretas, mas, segundo ele, ainda sugeriu sanções mais brandas. “Era o máximo que seria justificável contra o juiz que prestou importante serviço ao Rio de Janeiro”, argumentou o senador, enfatizando o trabalho realizado por Bretas durante sua carreira na magistratura.

Decisão do CNJ contra Bretas

A decisão do CNJ, tomada na terça-feira (3), foi unânime e envolveu três processos administrativos disciplinares, todos relacionados à atuação de Bretas na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O ex-juiz já estava afastado de suas funções desde 2023, período em que as investigações sobre sua conduta estavam em andamento.

As acusações contra Marcelo Bretas

As acusações contra Bretas são graves e incluem negociações de penas, pressões sobre investigados, direcionamento de delações premiadas, interferência em eleições e abusos funcionais. Essas alegações, apresentadas durante o processo disciplinar, foram levadas em consideração pelo CNJ, gerando forte repercussão na sociedade e na comunidade jurídica.

Consequências da punição

Apesar da aposentadoria compulsória, Marcelo Bretas poderá manter o direito aos proventos proporcionais ao tempo de serviço. A decisão do CNJ tem efeito imediato, embora a defesa de Bretas ainda possa recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). A continuidade do processo judicial ainda poderá trazer novos desdobramentos a essa situação controversa.

A defesa de Bretas e os apoiadores do ex-juiz se manifestaram, alegando que a sanção representa uma perseguição ao ex-magistrado, enquanto seus críticos defendem que a punição é necessária para preservar a integridade do sistema judiciário. Este caso ilustra as complexidades do sistema de justiça brasileiro, na qual decisões judiciais e políticas muitas vezes se entrelaçam, gerando discussões acaloradas entre diferentes segmentos da sociedade.

A situação de Marcelo Bretas e a defesa de Sergio Moro prometem continuar gerando debates. A relação entre juiz e política, já considerada delicada, se torna ainda mais complicada em um contexto marcado por investigações e descontentamentos. Resta saber como os desdobramentos deste caso influenciarão a percepção pública sobre a justiça e a política no Brasil.

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