Brasil, 6 de junho de 2025
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Queda na aprovação do governo Lula chega a 57% segundo pesquisa

Nova pesquisa mostra que a desaprovação do governo Lula atinge recorde de 57%. Entenda os fatores que influenciam essa trajetória.

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua em queda, de acordo com uma nova pesquisa da série Genial/Qaest divulgada nesta quarta-feira. Os dados mostram que a desaprovação do governo subiu de 56% em março para 57%, atingindo o nível mais alto desde o início da administração atual. Em contraste, a aprovação baixou de 41% para 40%. Esse cenário, embora estejaveis na “margem de erro” da pesquisa, reforça a trajetória de deterioração da imagem do governo, que já se arrasta por quase um ano, com cinco rodadas consecutivas de aumento da desaprovação desde julho de 2024.

Panorama da desaprovação

No início do ciclo de queda, 54% dos entrevistados elogiavam a gestão de Lula, contrastando com os 43% insatisfeitos. A última vez em que a maioria se mostrava satisfeita com o governo foi em dezembro do ano passado. A ligeira piora atual foi impactada principalmente entre os brasileiros mais pobres, que normalmente tendem a ser mais favoráveis aos governos do PT. Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos por mês, a aprovação caiu de 52% para 50%, enquanto a desaprovação subiu de 45% para 49%.

A desaprovação se espalha entre diferentes grupos

A taxa de insatisfação também aumentou entre moradores das regiões Sudeste (de 60% para 64%) e do Norte e Centro-Oeste (de 52% para 55%). Além disso, pela primeira vez, a maioria dos católicos (53%) desaprovou a atual gestão federal. Em uma comparação com o governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), 44% dos brasileiros consideram que o governo atual é “pior”, enquanto 40% o veem como “melhor”. A pesquisa revela ainda que 56% acreditam que o desempenho de Lula na presidência está inferior em relação às suas gestões anteriores.

Impactos negativos aumentam

A recuperação da imagem do governo, iniciada no começo do ano com a alteração na Secretaria de Comunicação, enfrentou obstáculos devido a crises resultantes de fraudes no INSS e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essas questões resultaram na perda de seguidores do presidente nas redes sociais. De acordo com a pesquisa, 82% dos entrevistados estão cientes das fraudes no INSS, com 31% responsabilizando diretamente a gestão Lula por esses problemas. O próprio INSS foi mencionado apenas por 14% como culpado.

Expectativas frustradas e a necessidade de ação

Felipe Nunes, CEO da Quaest, observa que consequências de escândalos, como o do INSS, diminuem o efeito positivo da economia e do lançamento de novos programas governamentais. Ele destaca que o público está mais cético e que a administração ainda não conseguiu atender às expectativas criadas durante a campanha eleitoral. Recentemente, 70% dos entrevistados afirmaram que Lula não está cumprindo suas promessas, e 45% consideram que sua terceira gestão é “pior do que esperava”.

Leves sinais de melhora na economia são notados

Apesar dos desafios, a pesquisa apontou que a percepção de uma piora no cenário econômico diminuiu, de 56% para 48%. Embora ainda seja um índice alto, representa uma leve melhora. A reclamação sobre o aumento dos preços dos alimentos caiu, embora 79% da população ainda esteja insatisfeita com o aumento dos combustíveis e das contas de luz.

A evolução da aprovação do governo será crucial para as discussões sobre alianças para a eleição de 2026, já que Lula pode buscar um quarto mandato. Uma nova pesquisa eleitoral está prevista para ser divulgada amanhã, o que promete trazer novos dados sobre a corrida eleitoral.

A pesquisa da Quaest foi realizada entre 29 de maio e 1º de junho com 2.004 brasileiros a partir de 16 anos e tem um índice de confiança de 95%. Assim, as informações surgem em um momento delicado para a administração Lula, que enfrenta um ambiente político e econômico desafiador.

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