Brasil, 5 de junho de 2025
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Prazo de pagamento do IOF em seguros de vida é prorrogado

Governo federal estende prazo até 25 de junho para pagamento do IOF em planos de seguro de vida acima de R$ 50 mil mensais.

Nesta terça-feira (3 de junho), o governo federal anunciou a prorrogação do prazo para o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado aos planos de seguro de vida com cobertura por sobrevivência, cujos aportes mensais superem R$ 50 mil. O novo prazo foi fixado para o dia 25 de junho, abrangendo operações realizadas a partir de 23 de maio deste ano, data em que foram divulgadas mudanças nas tarifas desse tributo.

Alterações na cobrança do IOF

A decisão foi formalizada por meio da Portaria nº 1.215 do Ministério da Fazenda, publicada na mesma data. Segundo a portaria, os pagamentos relativos ao terceiro decêndio do mês de maio, que originalmente tinham prazo até esta quarta-feira (4 de junho), e ao primeiro decêndio de junho, com vencimento em 13 de junho, ficam prorrogados para o dia 25.

Vale destacar que a mudança atinge principalmente os planos da modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Esta categoria de plano, que antes era isenta da cobrança do IOF, passou a ter uma taxa de 5% para os aportes acima do limite estipulado. Os investidores que ainda mantiverem aportes inferiores a R$ 50 mil continuarão isentos da tributação.

Discussões sobre a arrecadação

O governo, apesar da prorrogação, está sob pressão para encontrar uma solução a longo prazo para a arrecadação. No intuito de aumentar a receita e equilibrar as contas públicas, a administração federal estimou uma arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. As alterações no IOF foram um dos diversos passos tomados pelo governo para enfrentar os desafios fiscais do país.

Na segunda-feira (2 de junho), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com ministros e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante o encontro, que ocorreu na residência oficial da Câmara, foram discutidos possíveis ajustes nas políticas de IOF e redução nas despesas públicas. Após a reunião, Haddad não fez declarações à imprensa, mas indicou que um anúncio oficial seria feito no dia 8 de junho, após nova reunião com líderes do Congresso Nacional.

Repercussão econômica

A repercussão das alterações abruptas na cobrança do IOF foram imediatas. Desde o anúncio em 22 de maio, o mercado financeiro refletiu incertezas, resultando em um aumento na cotação do dólar e uma queda acentuada na bolsa de valores. Em resposta às reações do mercado, o governo federal reavaliou algumas das propostas, decidindo recuar em dois pontos percentuais na aplicação das taxas de imposto.

Além disso, junto com a revisão na cobrança do IOF, o governo também anunciou um corte de gastos de R$ 31,3 bilhões, como parte de um plano maior para balancear a arrecadação tributária e as despesas do governo. Tais movimentações indicam uma tentativa do governo de estabilizar a economia e reconquistar a confiança dos investidores e do público em geral.

Expectativas futuras

Com a situação do IOF e das contas públicas em constante evolução, o governo está engajado em encontrar um meio de equilibrar as receitas sem comprometer o crescimento econômico. O debate em torno da manutenção dos impostos e da arrecadação deverá continuar nos próximos meses, especialmente considerando as perspectivas de investimentos e segurança financeira para os cidadãos brasileiros.

A prorrogação do prazo para pagamento do IOF oferece um respiro temporário para investidores e segurados, mas é preciso acompanhar atentamente as medidas que o governo tomará a partir da próxima reunião. As ações do governo não apenas impactam o setor financeiro, como têm um reflexo direto na economia nacional, e a população aguarda por soluções efetivas.

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