Brasil, 6 de junho de 2025
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Morre a arqueóloga Niède Guidon, referência em estudos pré-históricos

A arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon faleceu aos 92 anos, deixando um legado inestimável para a ciência e a cultura brasileira.

O Brasil perdeu uma das suas maiores referências na arqueologia nesta quarta-feira, 4 de junho. A arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon faleceu aos 92 anos em São Raimundo Nonato, Piauí. Seu legado, marcado por descobertas essenciais sobre as origens do homem no continente americano, é reconhecido e celebrado em todo o mundo.

A importância de Niède Guidon para a ciência brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em nota, lamentou profundamente a morte de Guidon. “A ciência brasileira fica mais triste com o falecimento de Niède Guidon, que nos ajudou a entender as origens do homem no continente americano”, destacou. Grandiosa em suas pesquisas, Niède foi fundamental para que a Serra da Capivara se tornasse um patrimônio cultural da humanidade.

Comicando sobre as importantes descobertas realizadas, os estudos de Niède na década de 1970 foram cruciais para a identificação e reconhecimento das pinturas rupestres em São Raimundo Nonato. Essas obras datam de até 30 mil anos, oferecendo uma janela inestimável para o passado e para a história da nossa humanidade.

Deixando um legado imenso

Em seu comunicado, o presidente Lula ainda expressou solidariedade aos amigos e familiares de Niède Guidon. “Expresso meus sentimentos por essa perda e desejo que o conforto chegue aos corações de seus amigos, familiares e colegas de trabalho.” Essa declaração reflete não apenas a dor pela sua partida, mas também a valorização de sua trajetória e contribuição científica.

O Parque Nacional da Serra da Capivara também emitiu uma nota lamentando a morte da arqueóloga. Eles destacaram: “Sua partida deixa um vazio imenso, mas seu legado continuará a nos guiar.” A equipe do parque anunciou que está planejando uma homenagem que faça jus à colossal contribuição que Niède Guidon deixou para a ciência e a cultura brasileira.

Reconhecimento internacional

Niède Guidon não apenas deixou uma marca indelével no Brasil, mas também foi reconhecida internacionalmente por suas descobertas e estudos. Sua pesquisa influenciou gerações de arqueólogos e cientistas, destacando a importância das culturas pré-históricas e promovendo a valorização do patrimônio cultural brasileiro. Ela foi responsável por iniciativas de preservação que tornaram a Serra da Capivara um ponto de referência não apenas no Brasil, mas no mundo.

Além do trabalho de campo, Niède também se destacou como educadora e defensora da ciência, engajando-se em diversas atividades de popularização da arqueologia. Seus livros e artigos contribuíram para a disseminação do conhecimento sobre a história das ocupações humanas nas Américas, tornando-se fonte de inspiração para novos estudos e pesquisas.

Precisamos lembrar de sua luta e conquistas

A trajetória de Niède Guidon nos convida a refletir sobre a valiosa contribuição das mulheres na ciência e a importância do reconhecimento do trabalho árduo e pioneiro de figuras como ela. À medida que o Brasil lida com a tristeza de sua morte, é crucial lembrar e celebrar suas conquistas, promovendo o legado que ela deixou não apenas para os estudiosos da ciência, mas para a sociedade como um todo.

O impacto de seu trabalho nas gerações futuras será sempre lembrado e sua dedicação à pesquisa e descoberta continua a inspirar. Enquanto nos despedimos de Niède Guidon, renovamos nosso compromisso com a preservação do conhecimento e da cultura deixados por aqueles que, como ela, dedicaram suas vidas ao entendimento do passado.

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