Brasil, 6 de junho de 2025
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Justiça condena banco a pagar R$ 1,5 mil por cobranças abusivas

Decisão do TJDFT proíbe ligações de cobrança a amigos e familiares de cliente.

A Justiça do Distrito Federal tomou uma decisão contundente contra práticas abusivas de cobrança, condenando um banco privado a indenizar um cliente em R$ 1,5 mil. A decisão foi motivada por ligações frequentes de cobrança que ocorreram fora do horário comercial, incluindo chamadas feitas à noite e em fins de semana, não apenas para o devedor, mas também para seus familiares, amigos e colegas de trabalho.

Entenda o caso

O conflito começou após o cliente atrasar o pagamento de um financiamento de veículo. As ligações da instituição financeira não só se tornaram uma fonte de estresse constante, mas também violaram o direito à privacidade do devedor, como evidenciado em mensagens de texto que documentaram as chamadas realizadas. O banco Votorantim, requerido no processo, respondeu que não encontrou registros de chamadas abusivas, embora também não tenha conseguido comprovar que os números utilizados não pertenciam a sua operação.

Implicações da decisão

A decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) não apenas implica na indenização ao cliente, mas também estabelece um precedente importante na defesa dos direitos dos consumidores. Ao aplicar o Código de Defesa do Consumidor, o tribunal reafirmou que é uma prática abusiva e constrangedora por parte do credor utilizar meios excessivos para a cobrança.

A sentença destacou que tal conduta “expondo-o ao ridículo e invadindo sua privacidade” não será tolerada. Essa abordagem é sustentada por precedentes legais do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já havia reconhecido que o abuso nas cobranças pode resultar em indenização por danos morais.

Medidas para coibir práticas de cobrança

A decisão do TJDFT também ressoa com as recentes tentativas da Anatel em combater ligações indesejadas. Essas práticas de cobrança, além de incômodas, têm se mostrado cada vez mais prejudiciais à saúde mental dos consumidores, o que mobilizou órgãos de proteção ao consumidor e agências reguladoras a implementar medidas efetivas contra abusos.

Reação do banco e futuro do caso

Após a decisão, o g1 entrou em contato com o banco Votorantim para saber se a instituição planeja pagar a indenização ou se aceitará recorrer da decisão. Contudo, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno por parte do banco. Essa incerteza a respeito da ação do banco levanta questões sobre a responsabilidade das instituições financeiras em respeitar a legislação de proteção ao consumidor, assim como em adotar medidas que previnam abusos em suas estratégias de cobrança.

Reflexão sobre direitos do consumidor

A condenação do banco é um lembrete vital sobre a importância da defesa dos direitos do consumidor no Brasil. A legislação está em vigor para proteger os cidadãos contra abusos, e com decisões como esta, espera-se que mais pessoas se sintam encorajadas a reivindicar seus direitos. Com a crescente digitalização das comunicações, a invasão de privacidade se tornou um tema central, e a necessidade de regulamentação nesse espaço é mais urgente do que nunca.

Assim, a decisão do TJDFT pode ser vista não apenas como uma vitória individual para o cliente afetado, mas como um passo em direção a um ambiente de crédito mais justo e humano, onde práticas abusivas não sejam mais aceitáveis.

Fique atento às novidades e sempre busque informação ao invés de agir sob pressão. A educação financeira e o conhecimento dos seus direitos são ferramentas fundamentais para navegar no atual sistema financeiro.

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