Brasil, 6 de junho de 2025
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Dino determina adequações para repasses de emendas a ONGs

Ministro do STF solicita medidas do Executivo e Legislativo sobre a destinação de emendas a entidades do terceiro setor até 12 de agosto.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quarta-feira que tanto o Executivo quanto o Legislativo devem comprovar a adoção de medidas que garantam um repasse adequado para a destinação de emendas a organizações não governamentais (ONGs) e a outras instituições do terceiro setor. Esta medida visa aumentar a transparência e a responsabilidade na destinação de recursos públicos.

Prazo para apresentação das informações

De acordo com a determinação, as informações sobre as ações implementadas deverão ser apresentadas até o dia 12 de agosto. Na mesma data, o governo federal e o Congresso devem entregar dados que demonstrem a execução do Plano de Trabalho, que foi homologado pelo STF em fevereiro deste ano. Esse plano busca trazer mais transparência sobre como as emendas parlamentares são geridas e direcionadas.

Contexto da decisão

A decisão de Dino foi precedida por um pedido de explicações encaminhado ao Legislativo, relacionado a suspeitas de irregularidades nos repasses a ONGs. Em resposta, o Congresso argumentou que esses casos devem ser analisados individualmente e que essa responsabilidade não se enquadra nos parâmetros da ação que está sendo discutida no STF.

Esclarecimentos sobre práticas das ONGs

Na decisão proferida nesta quarta-feira, o ministro enfatizou que o objetivo não é investigar individualmente ONGs específicas, mas sim avaliar práticas que possam não estar em conformidade com o Plano de Trabalho estabelecido. Dino destacou a necessidade de adotar medidas corretivas que sejam necessárias para assegurar a adequação dos repasses.

Medidas a serem adotadas

Dino reforçou que o Executivo e o Legislativo devem comprovar a implementação de ações normativas que garantam a destinação correta de recursos. O foco deve ser evitar o repasse de verbas para “entidades sem sede realmente em funcionamento e/ou sem corpo técnico; entidades que não tenham atuação comprovada na área beneficiada pela emenda parlamentar; bem como aquelas sem histórico de atuação no Estado contemplado pela emenda.”

Combate a entidades fantasmas

Além disso, o ministro frisou que é fundamental bloquear o acesso a entidades “fantasmas” ou “de gaveta”, que não possuem experiência técnica e não conhecem o território onde atuam. Essa preocupação surge em um contexto onde a utilização inadequada de recursos públicos para ONGs tem gerado desconfianças na sociedade, comprometendo a imagem do terceiro setor como um todo.

Impacto da decisão

A medida adotada por Flávio Dino tem potencial para impactar diretamente as relações entre o governo, o Congresso e as organizações da sociedade civil. A exigência de maior transparência e responsabilidade na destinação dos recursos públicos atinge um aspecto crucial da democracia, onde a sociedade tem o direito de saber como o dinheiro é utilizado e se ele realmente gera benefícios para a população.

Com essa abordagem, o STF busca não apenas garantir a legalidade dos repasses, mas também promover um ambiente de confiança entre os agentes públicos e a sociedade civil, assegurando que as ONGs que operam de forma séria e comprometida possam continuar recebendo o apoio necessário para seus trabalhos.

Próximos passos

O acompanhamento das respostas do Executivo e do Legislativo será fundamental para entender se as medidas propostas serão efetivas e se realmente atenderão às expectativas de transparência e legalidade. O prazo até 12 de agosto se torna um momento decisivo para a reavaliação das práticas de repasse de emendas e revitalização da confiança nas instituições públicas.

A decisão de Flávio Dino é um marco importante na busca por mais responsabilidade fiscal e transparência na gestão pública, refletindo a necessidade emergente de reformas que possam fortalecer a credibilidade das instituições governamentais e assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de forma justa e eficaz.

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