Brasil, 6 de junho de 2025
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Corrida eleitoral em 2026: desafios de Cláudio Castro no Rio

Governador enfrenta concorrência interna e conflitos políticos no caminho para o Senado em 2026.

O cenário político do Rio de Janeiro está cada vez mais acirrado à medida que as eleições de 2026 se aproximam. O governador Cláudio Castro (PL) já sinalizou seu interesse em concorrer a uma das duas vagas ao Senado, mas enfrenta a resistência de antigos aliados e novos concorrentes. Com as definições políticas se intensificando, Castro terá que manejar uma série de desafios para consolidar sua candidatura.

Os desafios de Cláudio Castro para o Senado

Recentemente, Castro resolveu a situação a respeito de seu ex-vice, Thiago Pampolha (MDB), que agora é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e não deve atrapalhar a candidatura de Rodrigo Bacellar (União Brasil) ao Palácio Guanabara. No entanto, essa resolução é apenas uma parte dos desafios que ele enfrenta, pois o governador também tem que lidar com a competição interna no PL, onde tanto ele quanto o senador Carlos Portinho têm aspirações ao Senado.

Concorrência interna no Partido Liberal

A disputa entre Castro e Portinho é cercada de estratégias e movimentos políticos. Portinho, que assumiu uma cadeira no Senado após a morte de Arolde de Oliveira, já começou a intensificar a sua presença, aproximando-se de setores mais conservadores e atacando o Supremo Tribunal Federal (STF) em discursos. Como Flávio Bolsonaro já parece ter sua posição assegurada, a verdadeira batalha vai ser entre Castro e Portinho dentro do PL.

“Tenho conversado muito com Bolsonaro e vamos ver o que ele vai decidir. Sou pré-candidato ao Senado e, se Cláudio também quiser, alguém vai ter que deixar o PL”, afirmou Portinho. Esse embate mostra a fragmentação e a rivalidade crescente dentro do partido, que pode afetar a candidatura de ambos, dependendo das alianças que formarem.

Apoio do bolsonarismo

Castro tem se visto cada vez mais pressionado por setores do bolsonarismo para adotar uma postura mais agressiva contra o STF, especialmente diante das várias investigações que cercam seu governo. Entre os assuntos pendentes está a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a absolvição de Castro no caso Ceperj, o que pode influenciar o apoio que ele receberá dos líderes da direita, essenciais para sua campanha.

Washington Reis: aliado ou adversário?

Outro ponto crítico na trajetória política de Castro é a figura de Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário estadual de Transportes. Recentemente, Reis fez uma declaração polêmica ao sugerir uma redução nas tarifas de transporte, apenas para depois contradizer-se quando Castro interveio para manter os preços atuais. Tal movimento coloca Castro em uma posição desfavorável perante a opinião pública, reforçando a imagem de um político que se opõe à redução das tarifas de transporte, um emblemático tema popular.

Reis não tem medo de expor sua influência e, ao fazer isso, contrasta diretamente com Castro. “A tarifa do Rio é a mais cara do Brasil”, declarou, minando a posição do governador. Para complicar a relação, Reis tem se aproximado dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, que apresentam um potencial desafio para Castro nas eleições de 2026.

Preparativos para 2026

Em meio a este caos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), também está de olho eleitoralmente, considerando a situação de Washington Reis e oferecendo a ele uma oportunidade em sua chapa para o Senado. Com tudo isso, surge a questão de como Cláudio Castro irá reverter a situação quando as relações se tornam mais complexas entre aliados e adversários no cenário eleitoral à vista.

Com os desafios políticos crescendo, Castro precisará garantir uma base sólida de apoio e uma navegação cuidadosa pelas águas turbulentas da política fluminense, onde alianças podem ser efêmeras e rivalidades, mortais. À medida que as eleições de 2026 se aproximam, será interessante observar como essas peças no tabuleiro político vão se mover e qual será o futuro de Cláudio Castro nesse contexto.

O futuro político do governador depende, assim, não apenas de suas próprias estratégias, mas também de como ele conseguirá lidar com as tensões internas e os movimentos de seus adversários. Serão necessárias habilidade, visão e um olhar atento ao momento político para que ele possa superar as barreiras e conquistar o suporte necessário para sua aspirante candidatura ao Senado.

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