Na terça-feira, 3 de junho, representantes do BRICS se reuniram para debater sobre temas cruciais como inclusão, empregabilidade e desenvolvimento nacional, com foco na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O evento foi promovido pelo Ministério da Educação (MEC), reunindo especialistas e autoridades do setor no Brasil.
A importância da EPT para o Brasil
O secretário de educação profissional e tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, destacou a relevância do seminário, especialmente em um momento em que o Brasil busca ampliar as oportunidades educacionais. Ele enfatizou a necessidade de investimentos em acesso, permanência, equidade e inclusão para garantir que todos os estudantes possam se beneficiar da EPT.
“A EPT é uma porta muito forte para o desenvolvimento de uma nação; no caso brasileiro, está associada a uma formação cidadã com qualidade de ensino”, afirmou Bregagnoli, ressaltando que a educação profissional vai além da instrução técnica, englobando também a formação de cidadãos críticos e preparados para o mercado de trabalho.
Dados e iniciativas da educação profissional
Bregagnoli apresentou dados significativos sobre a modalidade EPT e enumerou iniciativas importantes que compõem a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. Dentre elas, destacaram-se programas como o Pé-de-Meia, que visa apoiar jovens em suas trajetórias formativas, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que tem como objetivo ampliar o acesso ao ensino técnico no Brasil.
Outro programa destacado foi o Mulheres Mil, que busca promover a inclusão de mulheres em cursos de formação tecnológica, apoiando seu ingresso e permanência no mercado de trabalho. Essas iniciativas são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
A colaboração internacional no desenvolvimento da EPT
O seminário também contou com a presença de Yang Jun, secretário-geral da Associação Chinesa de Educação para Intercâmbio Internacional. Jun compartilhou sua perspectiva sobre a importância do investimento em tecnologias educacionais, especialmente para o desenvolvimento de áreas rurais. Segundo ele, “investir em EPT é investir nas nações e em um futuro sustentável.”
Essas declarações ressaltam a visão compartilhada entre Brasil e China em promover uma educação que não apenas forme profissionais qualificados, mas que também contribua para o desenvolvimento econômico de seus países.
Propostas para uma EPT colaborativa entre os países do BRICS
Marcelo Bregagnoli reafirmou que a liderança do Brasil e da China tem um papel fundamental em conduzir pautas centrais na educação profissional e tecnológica. A parceria entre os países do BRICS busca não apenas o intercâmbio de conhecimento, mas também a criação de projetos compartilhados que atendam às demandas específicas de cada nação.
“Existem algumas propostas práticas, como uma plataforma mundial, onde teríamos um diagnóstico. A partir desse diagnóstico da educação profissional e tecnológica, vamos preparar projetos que estejam alinhados com o desenvolvimento de cada nação e do bloco econômico como um todo”, explicou Bregagnoli.
A criação dessa plataforma global visa unir esforços e recursos entre os países signatários do BRICS, permitindo um intercâmbio de boas práticas e soluções inovadoras para desafios comuns na área da educação.
O seminário destaca a relevância da colaboração internacional na construção de um futuro mais inclusivo e acessível, onde a educação profissional e tecnológica desempenha um papel central no desenvolvimento das sociedades, contribuindo não apenas para a formação de trabalhadores qualificados, mas para a construção de um mundo mais justo e equitativo.
Com isso, o evento realizado pelo BRICS reafirma a importância da educação profissional e tecnológica como um pilar fundamental para a inclusão social e o desenvolvimento sustentável das nações.
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