O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira que o aumento da sobretaxa de 25% para 50% sobre o aço e alumínio importados dos Estados Unidos prejudica o mercado mundial. Ele destacou que a medida encarece os produtos e ressaltou a necessidade de diálogo entre Brasil e EUA para buscar uma solução sustentável.
Impacto global da sobretaxa e a posição do Brasil
Para Alckmin, a elevação da tarifa não afeta apenas o Brasil, mas toda a economia global, já que essa medida encarece produtos como automóveis, aviões e componentes siderúrgicos. “Não é ruim só para nós, é ruim para todo mundo, porque a cadeia produtiva é interligada”, explicou durante um evento em Minas Gerais. Segundo ele, o Brasil é o segundo maior comprador de carvão siderúrgico dos EUA, utilizado na produção de aço semielaborado exportado para o país.
Diálogo e negociações em andamento
Alckmin destacou que um grupo de trabalho, formado pelo Ministério do Comércio, Indústria, Minas e Energia, e o Itamaraty, foi criado para negociar as tarifas com o USTR, agência de comércio exterior do governo norte-americano. “Queremos aprofundar o diálogo e mostrar que o Brasil não é problema para os EUA”, afirmou. Ele lembrou que, entre os dez produtos que os americanos mais exportam ao Brasil, oito possuem tarifa zero, o que reforça a importância do entendimento bilateral.
Medidas tarifárias e fortalecimento da indústria nacional
O ministro reforçou que o governo renovou recentemente as medidas tarifárias de 2024, que reduzem a importação de produtos de aço. A alíquota de 25% foi mantida para 19 produtos (classificados por NCM) e estendida para outras quatro categorias, totalizando 23. As tarifas iniciais variavam de 9% a 16%, com a intenção de proteger a indústria nacional e equilibrar o mercado.
Perspectivas futuras e a importância do diálogo
Alckmin afirmou que o governo continuará buscando o diálogo com os Estados Unidos, pois acredita que a cooperação é o caminho para solucionar tensões comerciais. Ele encerrou destacando que o Brasil tem interesse em fortalecer sua posição no comércio internacional e que o diálogo deve prevalecer para evitar medidas unilaterais prejudiciais.
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