O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que assinará um decreto que aumenta as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50%, conforme divulgado pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. A medida entra em vigor em 4 de junho, embora o cronograma ainda não tenha sido oficialmente confirmado.
Reforço na política tarifária dos EUA
Trump já tinha antecipado a decisão na última sexta-feira, durante discurso em uma fábrica da United States Steel na Pensilvânia. Ele afirmou que a nova tarifa visa proteger a indústria nacional contra o que chamou de “roubo” por parte de outros países. “Isso significa que ninguém mais vai poder roubar a sua indústria”, declarou o presidente.
Segundo o ex-presidente, o aumento das tarifas de 25% para 50% dificultará ainda mais a evitação das proteções comerciais. “Com tarifa de 25%, eles até conseguem pular a cerca. Com 50%, não conseguem mais”, afirmou Trump a trabalhadores da siderúrgica.
Impacto nas negociações comerciais
As novas tarifas elevam as tensões nas negociações comerciais em um momento em que os EUA tentam revisar e ampliar as chamadas tarifas recíprocas antes do prazo de 9 de julho. O poder de Trump de impor tarifas de forma unilateral tem sido contestado na justiça, mas as tarifas sobre aço e alumínio continuam vigentes, pois foram implementadas com base em outra autoridade legal.
Reações do setor e consequências para o Brasil
O aumento das tarifas impacta especialmente o Brasil, que é um dos três maiores fornecedores de aço para os EUA. Quase metade das exportações brasileiras de aço e alumínio foi destinada ao mercado americano, e essas operações podem sofrer efeitos diretos com a medida.
O CEO da Gerdau, Jorge Gerdau, comentou que a decisão do governo americano está gerando incerteza para o setor. “Está gerando incerteza, o maior inimigo que existe”, afirmou em entrevista recente ao Globo.
Perspectivas futuras e impacto comercial
O aumento das tarifas ocorre em um momento em que os EUA negociam com diversos parceiros para revisar as tarifas recíprocas antes de julho. Apesar do conflito comercial, o presidente Trump reforçou seu compromisso de defender a indústria americana, apoiando, inclusive, a venda da United States Steel para uma empresa japonesa, garantindo algum controle norte-americano sobre a operação.
Para o Brasil, essa nova política tarifária representa uma nova fase na relação comercial com os EUA, que podem passar a revisar cotas e condições de exportação de aço e alumínio conforme as novas tarifas. O governo brasileiro alertou para os efeitos econômicos e pediu alternativas para mitigar o impacto na indústria nacional.
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