As operadoras de planos de saúde médico-hospitalares alcançaram um lucro de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do Painel Econômico-Financeiro divulgado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O resultado representa mais que o dobro do apurado no mesmo período do ano passado, quando os lucros somaram R$ 3,1 bilhões.
Desempenho financeiro do setor em alta
De acordo com Jorge Aquino, diretor de normas e habilitação das operadoras da ANS, enquanto os lucros das empresas se aprofundaram, a porcentagem de operadoras com prejuízo caiu de 27,7% no quarto trimestre de 2024 para 21,2% no primeiro trimestre de 2025. “O setor apresenta sinais de recuperação, com aumento do lucro e redução dos prejuízos nas empresas de menor desempenho”, afirmou Aquino.
Operadoras com maior lucro no setor
- Bradesco: R$ 927,66 milhões
- SulAmérica: R$ 797,2 milhões
- Amil: R$ 719,1 milhões
- Hapvida: R$ 301,39 milhões
- Notre Dame Intermédica: R$ 297,9 milhões
Operadoras com maiores prejuízos
- Geap: -R$ 174,9 milhões
- Cassi: -R$ 59,8 milhões
- Unimed Nova Iguaçu: -R$ 59,75 milhões
- Beneficência Social Bom Samaritano: -R$ 25,17 milhões
- Sindifico Nacional: -R$ 24 milhões
Segundo dados do relatório, enquanto algumas empresas apresentam resultados financeiros expressivos, outras seguem enfrentando dificuldades, com prejuízos significativos. A análise completa pode ser acessada no link oficial.
Perspectivas para o setor
Especialistas apontam que o aumento de lucros reflete uma recuperação diante do cenário econômico e da maior demanda por planos de saúde, embora os prejuízos de algumas operadoras evidenciem desafios internos. A manutenção dessa tendência dependerá de fatores como regulações, inovação e gestão eficiente.