O motorista João Pedro da Rocha Santos, de 29 anos, será julgado nesta terça-feira (3) em São José do Rio Preto (SP) pelo atropelamento e morte do ciclista André Luiz Falchi, de 34 anos. O trágico acidente ocorreu no dia 5 de junho de 2016, e agora, quase nove anos depois, o réu enfrenta um júri popular que poderá definir seu destino.
Entenda o acidente que levou à tragédia
De acordo com o boletim de ocorrência, João Pedro estava dirigindo seu carro pela rua Pedro Amaral quando decidiu cruzar a Avenida Bady Bassitt. Infelizmente, ele não percebeu a presença de André, que estava pedalando e foi violentamente atropelado. O impacto foi tão forte que o ciclista foi projetado para perto do canteiro central da avenida.
Após o atropelamento, André foi prontamente socorrido e levado ao Hospital de Base, mas, devido à gravidade de seus ferimentos, não sobreviveu. Naquele dia fatídico, ele voltava de um show realizado por sua mulher, o que torna a tragédia ainda mais dolorosa para a família e amigos.
Repercussão e investigações
Desde o ocorrendo, a situação acompanhou reações intensas da comunidade e da família de André. Dentre as declarações, a irmã do ciclista, em uma entrevista, afirmou: “Ele nunca gostei de carros. Era um defensor da bicicleta como meio de transporte”. Essa fala reflete a tristeza e a indignação de muitos que conheciam André e o valor que ele dava à vida e ao transporte sustentável.
Após o acidente, o motorista parou para prestar socorro, mas não foi submetido ao teste de bafômetro no local. A Polícia Militar justificou que, na ocasião, não havia indícios de que João Pedro estivesse embriagado, o que gerou ainda mais controvérsias e questionamentos sobre a investigação do caso.
Denúncia e acusação
O Ministério Público formalizou a denúncia contra João Pedro da Rocha Santos por homicídio duplamente qualificado, alegando que ele utilizou um recurso que dificultou a defesa da vítima durante o ato. Agora, com o júri popular, a expectativa é que a justiça seja feita e que a família de André possa, ao menos, encontrar algum conforto em um desfecho adequado.
A TV TEM busca fazer contato com o advogado de defesa de João Pedro para obter mais informações sobre a estratégia que será adotada durante o julgamento, mas até o momento, a defesa não se manifestou publicamente.
O que pode ocorrer durante o júri
Um júri popular envolve a avaliação do caso por um grupo de cidadãos que escutam os testemunhos e as evidências apresentadas tanto pela acusação quanto pela defesa. O resultado poderá variar desde a absolvição até a condenação, e a sentença pode refletir não apenas a culpa ou inocência do réu, mas também o contexto e a humanidade do caso, destacando a vida de André e o impacto que sua morte teve na vida de muitos.
A importância de abordar a causa do acidente
Além do julgamento, a tragédia envolvendo André Luiz Falchi levanta questões mais profundas sobre a segurança dos ciclistas nas vias urbanas. Apesar dos avanços nas políticas de mobilidade, muitas cidades ainda carecem de infraestrutura adequada que proteja os ciclistas e minimize o risco de acidentes. A luta por um trânsito mais seguro é uma demanda contínua que deve ser priorizada por governantes e sociedade.
A comunidade de São José do Rio Preto e ciclistas em todo o Brasil aguardam o desfecho deste caso, esperançando que a justiça seja feita e que a memória de André Luiz Falchi seja honrada com ações concretas que visem a proteção e a valorização dos ciclistas nas cidades.
Para acompanhar as atualizações sobre este caso e outros eventos locais, a população pode seguir o canal do G1 Rio Preto e Araçatuba, que mantém todos informados sobre as novidades e desdobramentos envolvendo a justiça e a segurança no trânsito.