Brasil, 5 de junho de 2025
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Mortos e feridos em treinamento militar geram revolta em Goiás

Famílias exigem mudanças urgentes após acidentes com militares em treinamento da Brigada de Infantaria Paraquedista em Goiás.

Goiânia – O luto e a indignação tomam conta das famílias dos militares que participam de um treinamento da Brigada de Infantaria Paraquedista em Mozarlândia, Goiás. Após a morte de um jovem soldado e ferimentos em outros 12 militares durante a Operação Saci 2025, os parentes exigem mudanças imediatas nos protocolos de segurança do Exército Brasileiro.

Tragédia na Operação Saci 2025

Na terça-feira, 27 de maio, o soldado Leonardo Cristia Silva da Cunha, de 23 anos, perdeu a vida durante um salto de paraquedas. Segundo relatos, ele não conseguiu acionar o equipamento a tempo e caiu em uma área alagada, afogando-se antes de receber socorro. O Exército confirmou que, além de Leonardo, outros 10 militares ficaram feridos em diferentes acidentes durante o mesmo treinamento.

Um novo incidente ocorreu na sexta-feira, 30 de maio, quando os paraquedas de dois soldados se embolaram no ar, impedindo que acionassem o equipamento corretamente. Ambos foram socorridos e, segundo informações do Exército, estão em estado de saúde estável.

Indignação entre familiares

A morte de Leonardo e os acidentes subsequentes geraram revolta entre os parente dos militares. Uma mãe, cujo filho estava entre os participantes, clamou por mudanças nos treinamentos, afirmando que “os jovens não podem ser usados como cobaias”. Em uma rede social, a irmã do soldado homenageou o irmão, dizendo: “Ele era um homem de família, era um orgulho. Tiraram o nosso menino”.

Uma prima do soldado, emocionada, compartilhou seu desespero: “Meu coração está doendo por não estar ao seu lado nos últimos minutos. Só você e Deus sabem o que sentiu naquele momento”. A dor da perda é somada à incerteza sobre a segurança dos militares, como destacou uma amiga da família: “O que estamos sabendo não é o que queremos saber, e sabemos que têm verdades a serem descobertas”.

A experiência da equipe de saúde

As condições em que os feridos chegam aos hospitais também levantam preocupações sobre a segurança nos treinamentos. Uma enfermeira que atendeu alguns dos soldados feridos revelou que eles costumam chegar cabisbaixos, desidratados e com hematomas. “Um deles ficou dependente de hemodiálise após um acidente. Acho que há práticas desnecessárias nesses treinamentos que precisam ser investigadas”, afirmou a profissional de saúde.

Exército sob pressão para agir

Até o momento, o Exército não se manifestou sobre as causas dos acidentes ocorridos e a Operação Saci 2025 continua em andamento em várias regiões do estado de Goiás, com previsão de término para o dia 6 de junho. As famílias dos soldados manterão a pressão por mudanças e mais segurança durante os treinamentos, como um ato de respeito à memória dos que foram perdidos e pelos que ainda estão em risco.

A indignação se reflete também em um questionamento angustiante: quantas vidas mais precisam ser perdidas para que ações significativas sejam tomadas em relação à segurança dos militares? A pressão agora está em cima das autoridades militares para que a situação seja revista e que novos protocolos de segurança sejam implementados de maneira urgente.

Esta história não é apenas a tragédia de uma família, mas um sinal de alerta sobre a segurança dos nossos jovens em um contexto militar. As mudanças precisam acontecer para que tragédias como essa não se repitam.

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