Brasil, 5 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Morte de estudante de medicina em Marília gera investigação

A Polícia Civil investiga a morte de Carolina Andrade Zar, que pode envolver aborto e indução ao suicídio por parte do ex-namorado.

A morte da estudante de medicina Carolina Andrade Zar, encontrada desacordada em Marília (SP), levantou questões perturbadoras que agora estão sob investigação da Polícia Civil local. A estudante, apenas 20 anos, foi levada à Santa Casa da cidade, onde não resistiu. A princípio, sua morte foi considerada um suicídio, mas o pai de Carolina, Fauez Zar Junior, alega que seu ex-namorado teve influência direta nas circunstancias que a levaram a este trágico desfecho. Um inquérito foi instaurado no dia 26 de maio para investigar possíveis crimes, incluindo aborto provocado e indução ao suicídio.

Investigação e apreensão de dispositivos eletrônicos

Em busca de esclarecer os eventos que cercaram sua morte, a Polícia Civil apreendeu o celular e o tablet de Carolina, conforme confirmado pelo pai. Esses dispositivos podem conter informações cruciais, incluindo capturas de tela de conversas e gravações que a jovem deixou sobre sua situação. O advogado Fauez informou que Carolina havia criado um “dossiê” em que detalhava sua história, com cerca de 65 páginas de mensagens e um áudio de 17 minutos, que supostamente serve como um depoimento sobre os fatos que a levaram à morte.

Carlos teria supostamente induzido Carolina a realizar um aborto. “Ela me disse que ele fez o aborto com as próprias mãos, dando a ela um remédio e forçando a barriga”, revelou Fauez. O pai também menciona que Carolina enfrentava um quadro depressivo agravado pelo comportamento do ex-namorado, que a abandonou após o aborto, afirmando: “Ele disse que eles poderiam terminar os estudos e depois ter um filho, mas após o aborto, ele simplesmente desapareceu da vida dela”.

A situação clínica de Carolina e as circunstâncias da morte

Carolina foi encontrada por um amigo em 15 de maio, inconsciente e com sinais de intoxicação aguda, como vômitos e taquicardia. Foi um dia fatídico, onde a estudante foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não conseguiu sobreviver. O boletim de ocorrência aponta que os médicos não conseguiram identificar a causa exata de sua condição, levantando a possibilidade de intoxicação alimentar ou exposição a substâncias tóxicas. Um exame toxicológico foi solicitado e um frasco encontrado pelo amigo que prestou socorro foi apreendido para análise.

Repercussão e o contexto do caso

O caso de Carolina é mais do que uma investigação policial; ele destaca a fragilidade de muitas jovens em situações semelhantes, que podem se sentir pressionadas em relacionamentos tóxicos. Amigas e amigos da estudante lamentam sua morte e clamam por justiça, enquanto o debate sobre as normas e a proteção de direitos das mulheres em situações de violência e manipulação emocional ganha força nas redes sociais e na mídia.

O g1 tentou entrar em contato com a defesa do ex-namorado de Carolina, mas até o momento sem retorno. A sociedade aguarda ansiosamente os desdobramentos da investigação, que não apenas pode trazer respostas a uma família enlutada, mas também destacar questões sociais urgentes sobre saúde mental, misoginia e a necessidade de suporte emocional a jovens mulheres.

Conselhos e apoio

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades emocionais ou comportamentos autodestrutivos, é crucial buscar apoio. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional gratuito e pode ser contatado pelo telefone 188 ou através do site www.cvv.org.br.

Em um momento em que a sociedade precisa discutir e agir em torno da saúde mental e da prevenção de suicídios, é vital que histórias como a de Carolina ajudem a promover a conscientização e a educação sobre esses temas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes