Brasil, 5 de junho de 2025
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Jubileu da esperança: cristãos no Paquistão promovem justiça, paz e verdade

No Paquistão, comunidade cristã busca renovação espiritual em meio a desafios sociais e econômicos.

No Paquistão, as comunidades cristãs têm enfrentado tempos desafiadores, mas se uniram em torno do Jubileu da Esperança, promovendo atividades espirituais para todas as idades. Em meio a dificuldades econômicas e sociais, a fé se torna um alicerce de conforto e esperança.

A união da fé em tempos críticos

O padre Asif John Khokhar, vigário geral da diocese de Islamabad-Rawalpindi e diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Paquistão, compartilhou em entrevista à Agência Fides a realidade vivida pelas comunidades católicas no país. “Vivemos no Paquistão tempos críticos, em que tudo parece comprometido. A situação econômica é difícil, o custo de vida disparou. No plano social, as pessoas estão muito preocupadas: os cristãos estão entre os setores mais pobres da população, os que mais sofrem”, declarou o padre.

Diante deste cenário desolador, o Jubileu da Esperança se destaca como uma oportunidade para fortalecer a fé e a solidariedade entre as comunidades. “As pessoas procuram entrar plenamente no espírito jubilar: este tempo nos leva a ser esperança e nos reconhecemos plenamente nesta expressão”, falou o padre Asif. Para os fiéis, a jornada de fé se transforma em uma peregrinação em busca de esperança, que é sentida profundamente em meio aos desafios diários, como pobreza e sofrimento.

Justiça, paz e verdade como pilares de esperança

A mensagem direcionada às comunidades cristãs pelo Papa Leão XIV traz três palavras-chaves: Justiça, Paz e Verdade. Essas diretrizes são essenciais para que os cristãos minoritários no Paquistão possam reivindicar seus direitos e lutar por uma vida digna. “Estamos prontos para defender a justiça, que é a base de toda nação. Acreditamos que, em todas as situações e em todos os níveis no Paquistão, se construa e se respeite a justiça e a igualdade”, enfatiza o padre Asif.

O conceito de paz é igualmente importante, especialmente considerando a tensão histórica entre a Índia e o Paquistão. “É triste ver ainda violência, confrontos, mortes. É preciso encontrar uma maneira de estabelecer uma paz que respeite os direitos de ambas as nações”, argumenta ele, ressaltando a importância do diálogo e da reconciliação para o bem-estar social. Os cristãos, embora sejam uma minoria, se posicionam como promotores da paz e do entendimento entre diferentes comunidades e religiões no país.

Verdade e identidade cristã em meio à maioria islâmica

O padre Asif também reflete sobre a importância da verdade, que traz identidade à comunidade cristã no Paquistão. Ele destaca: “Estamos firmes na verdade da nossa fé, que nos dá uma identidade, em um país de maioria islâmica.” Para os cristãos paquistaneses, sua fé não é apenas uma crença individual, mas uma contribuição significativa para o desenvolvimento da nação. “Amamos a nossa pátria e queremos continuar a dar nossa contribuição, trabalhando por unidade e harmonia”, ressaltou.

Recentemente, uma nova iniciativa foi iniciada com a colocação da primeira pedra de uma nova igreja em Gujrat, dedicada ao Santo Rosário. O arcebispo Joseph Arshad presidiu a celebração e a comunidade local, composta majoritariamente por punjabis, comemorou o acontecimento com orações pela paz e estabilidade do Paquistão. O arcebispo expressou gratidão a Deus e às autoridades locais pela possibilidade de edificar um espaço que promoverá esperança e desenvolvimento para a comunidade cristã.

O caminho a seguir

As comunidades cristãs no Paquistão seguem unidas, mesmo diante de adversidades, guiadas por uma visão de justiça, paz e verdade. O Jubileu da Esperança é mais do que uma celebração; é um chamado à ação em prol de um futuro melhor para todos. Com embasamento na fé e comprometimento social, os cristãos paquistaneses reafirmam a importância de sua presença e contribuição para a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa.

O futuro pode ser incerto, mas a solidariedade, a fé e a esperança são forças que continuam a impulsionar esta comunidade em sua jornada.

Fonte: Agência Fides

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