Ronaldo Wagner Rodrigues Machado, um idoso de 73 anos, foi encontrado sem vida na noite de segunda-feira (2) no Lar dos Velhinhos de Piracicaba, São Paulo. A causa de sua morte ainda está sendo investigada pelas autoridades locais. O lago onde seu corpo foi encontrado possui apenas 30 centímetros de profundidade, segundo informações do diretor da instituição.
Desaparecimento e descoberta do corpo
Ronaldo estava desaparecido por cerca de duas horas, e sua falta foi notada pelos funcionários durante a troca de turnos, por volta das 19h. O presidente do Lar dos Velhinhos, Marcelo Barbosa Oliveira, relatou que, após várias buscas em diferentes áreas do local, o corpo de Ronaldo foi visto boiando no lago. “Uma coisa que nos deixa um pouco atônitos”, declarou Marcelo, descrevendo a situação.
Segundo ele, Ronaldo não apresentava problemas de saúde significativos e era considerado um residente ativo e independente, costumeiramente passeando pelas dependências do lar. “Ele circulava livremente, era amigo de todos, alegre, excelente pessoa. Estamos superentristecidos porque frequentava até a diretoria com a gente”, disse o presidente da instituição.
Histórico de segurança do Lar dos Velhinhos
O Lar dos Velhinhos de Piracicaba abriga cerca de 400 residentes e conta com 130 colaboradores. De acordo com a administração, a instituição já possui um controle de acesso bem estruturado, permitindo que todos os moradores disfrutem da liberdade de circulação no espaço.
Com 119 anos de história, o lar nunca havia registrado nenhuma morte relacionada ao lago. Após o trágico incidente, no entanto, a instituição já se mobiliza para implementar novas medidas de segurança, incluindo a possibilidade de reduzir o tamanho do lago e a instalação de câmeras de segurança para um melhor monitoramento do ambiente.
Investigação em andamento
O Corpo de Bombeiros foi responsável pela remoção do corpo, que foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame necroscópico. A Polícia Militar (PM) informou que não foram encontradas marcas de violência no corpo do idoso. A morte foi registrada como “suspeita” e a Polícia Científica foi chamada para apurar as circunstâncias do ocorrido.
Os funcionários do lar já foram ouvidos pela Polícia Civil e outras pessoas que tinham contato frequente com Ronaldo ainda vão prestar depoimento. O delegado responsável pela investigação, André de França Oliveira, afirmou que, até o momento, as imagens das câmeras de segurança não revelaram informações que possam esclarecer o que teria levado à morte do idoso.
Esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte
O delegado ressaltou que o lago em questão é superficial, com água que não ultrapassa a altura dos joelhos. Ele afirmou que é preciso aprofundar as investigações para entender se a morte poderia ter ocorrido devido a um mal súbito ou um infarto que levou ao afogamento subsequente. “É muito cedo para apontar uma possível negligência ou omissão por parte do lar de idosos”, afirmou Oliveira, prometendo que as causas da morte serão esclarecidas ao final do inquérito policial.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não divulgou uma data para a liberação dos resultados da perícia, mas as investigações continuam em andamento.
Repercussão do caso na comunidade
A morte de Ronaldo Wagner gerou comoção entre os residentes e funcionários do Lar dos Velhinhos. Muitos estão expressando suas condolências à família e relembrando momentos alegres que tiveram ao lado dele. A comunidade local também se mobiliza para apoiar o lar em momentos difíceis, reforçando a importância de uma boa convivência entre os residentes e a equipe que cuida deles.
Este caso destaca a importância da segurança em instituições de longa permanência e suscita discussões sobre a saúde e bem-estar dos idosos em lares, questões que merecem atenção e cuidado por parte de toda a sociedade.