O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (3) um pacote de medidas para substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta visa garantir maior estabilidade fiscal e cumprir as metas de 2025.
Reação negativa ao aumento do IOF
Dezedas semanas após a proposta de elevação do IOF com objetivo de elevar a arrecadação federal, o mercado e o Congresso manifestaram forte oposição. A medida, que buscava gerar R$ 35 bilhões até 2026, não foi bem recebida e levou ao debate sobre geometricamente derrubar o decreto de Lula.
Medidas alternativas e prioridades do governo
Segundo Haddad, o pacote que será apresentado para Lula não inclui as ações do Ministério de Minas e Energia de ampliar leilões de petróleo, uma iniciativa que já está em tramitação no Congresso e que pode arrecadar até R$ 35 bilhões até 2026. “Já está encaminhado e contabilizado para este ano”, afirmou.
Foco na meta de déficit zero
Haddad explicou que o objetivo principal do governo é atingir o “o centro da meta” fiscal, ou seja, o déficit zero, e não a margem máxima de tolerância. Além disso, ressaltou que o Congresso solicitou “medidas estruturais” para evitar a derrubada do decreto do IOF, o que o pacote busca atender.
Diálogo político e reuniões estratégicas
Na noite de segunda-feira (2), Haddad reuniu-se com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, para apresentar o rascunho do novo pacote. Participaram também ministros e líderes do governo, e o encontro só foi encerrado após a meia-noite, sem declarações oficiais.
Perspectivas futuras
O pacote de medidas será avaliado pelo presidente Lula, e sua aprovação depende ainda do esforço político junto às bancadas no Congresso. Haddad destacou que a iniciativa busca oferecer estabilidade duradoura para as contas públicas e fortalecer o ambiente econômico do país.