Brasil, 5 de junho de 2025
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FMI eleva previsão de crescimento do Brasil para 2,3% em 2025

Fundo Monetário Internacional aumentou a projeção do crescimento econômico do Brasil para 2025, de 2,0% para 2,3%, refletindo resiliência fiscal e política de juros.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira uma revisão positiva na previsão de crescimento econômico do Brasil para este ano, elevando a expectativa de 2,0% para 2,3%. A revisão ocorre em um cenário de recuperação e fortalecimento parcial da economia brasileira, apesar dos riscos globais e da incerteza na política internacional.

Revisão positiva e fatores de impulso na economia brasileira

Segundo o comunicado do FMI, fatores como o esforço fiscal do governo e a política monetária conduzida pelo Banco Central contribuíram para essa melhora na projeção. A política de juros mais elevada, adotada desde setembro de 2024, é vista como adequada para controlar a inflação, que deve atingir 5,2% até o fim de 2025, antes de convergir para a meta de 3% em 2027.

Além disso, o FMI ressaltou que o crescimento do primeiro trimestre de 2025 (+1,4% em relação ao último trimestre de 2024), divulgado pelo IBGE, demonstra a força da recuperação econômica brasileira. A melhora foi atribuída ao aquecimento do mercado interno e ao desempenho do setor de petróleo e gás, além de ajustes estruturais em andamento.

Política fiscal, reformas e cenário global

O documento destacou a importância de reformas adicionais para sustentar o crescimento. O FMI reforçou a necessidade de esforços fiscais mais ambiciosos, incluindo a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e a implementação de medidas que promovam a eficiência da arrecadação e contenham gastos públicos.

Segundo Daniel Leigh, chefe da divisão de Estudos Econômicos Mundiais do FMI, a desaceleração de 2024 para 2025 se deve a condições monetárias e financeiras restritivas, além de maior incerteza política global. Ainda assim, o Fundo reconhece a robustez do sistema financeiro do país, com reservas cambiais adequadas e baixa dependência de dívida externa.

Perspectivas de inflação e política monetária

O FMI projeta que a inflação atingirá 5,2% até o final de 2025, com perspectiva de retorno à meta de 3% até 2027. A mudança do Banco Central para um ciclo de aperto monetário, iniciado em setembro de 2024, teve efeito positivo na estabilização das expectativas inflacionárias, consolidando a trajetória descendente da inflação.

Para os economistas do Fundo, manter a flexibilidade na política de juros é prudente, diante do cenário de maior incerteza global e expectativas de inflação acima do desejado. Essa abordagem visa preservar a estabilidade econômica e evitar riscos de sobreaquecimento.

Política fiscal e recomendações do FMI

Embora tenha elogiado os esforços do governo para melhorar as contas públicas, o FMI recomendou a implementação de uma política fiscal mais arrojada. “Para colocar a dívida pública em trajetória descendente e abrir espaço para investimentos estratégicos, é necessário um esforço fiscal sustentado, apoiado por uma arrecadação mais eficiente e por medidas de contenção de gastos”, afirmou o comunicado.

Impacto das reformas e cenário de médio prazo

O FMI estima que, no médio prazo, o crescimento do Brasil pode atingir 2,5% ao ano, apoiado pela normalização da política de juros, avanços na Reforma Tributária e aumento na produção de petróleo e gás. Contudo, as reformas estruturais adicionais continuam sendo essenciais para sustentar esse ritmo de crescimento.

Em comparação, o FMI revista anteriormente suas projeções globais, devido ao agravamento da guerra comercial entre os EUA e a China e às tensões geopolíticas, indicando um cenário mais desafiador, embora o Brasil tenha resistido relativamente bem às turbulências internacionais.

Resiliência diante do cenário global e riscos futuros

Apesar das incertezas globais, como a guerra comercial iniciada pelos EUA, o Brasil mantém-se resilientemente preparado, graças à solidez do sistema financeiro, reservas cambiais adequadas e uma taxa de câmbio flexível. O comunicado do FMI reforçou que o país está em uma posição relativamente sólida para enfrentar riscos futuros.

Contudo, o documento alertou que riscos relacionados à política global, especialmente a maior incerteza na política internacional, podem afetar o crescimento econômico brasileiro caso a guerra fiscal ou outros fatores adversos se intensifiquem.

Para mais detalhes, confira a reportagem completa no Fonte.

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