Brasil, 5 de junho de 2025
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Fazendas verticais ganham espaço no Brasil com produção sustentável

Projetos de fazendas verticais crescem em várias cidades brasileiras, impulsionados por automação e controle em ambientes fechados

Nos últimos cinco anos, o Brasil viu surgir aproximadamente 20 fazendas verticais em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Florianópolis. Essa tendência de agricultura em ambientes controlados tem se expandido gradualmente, com destaque para projetos que cultivam hortaliças, microverdes, flores e frutas em galpões automatizados.

O crescimento das fazendas verticais e seus benefícios

Segundo Ítalo Guedes, pesquisador da Embrapa, “o crescimento da produção vertical em ambiente controlado tem sido muito rápido”. Essas estruturas utilizam sistemas de automação e monitoramento 24 horas por dia, promovendo maior eficiência e sustentabilidade na agricultura urbana.

Projetos em destaque no país

Um exemplo é a Fazenda Cubo, fundada em 2019 por um engenheiro ambiental em São Paulo. Localizada no bairro de Pinheiros, a fazenda ocupa 90 metros quadrados e produz microverdes e hortaliças, vendendo aproximadamente 1,5 mil quilos por mês. O espaço inclui uma loja que comercializa produtos frescos e exclusivos.

Outra iniciativa é a unidade da empresa 100% Livre, de São Paulo, que começou em 2020. Com duas unidades — uma no bairro do Ipiranga, com 250 m², e outra em Osasco, com 1,5 mil m² — a startup produtora de alface e outras plantas de alto valor agregado atende indústrias farmacêuticas, cosméticas, restaurantes de alta gastronomia, hotéis e supermercados.

Fazenda Cubo cultiva microverdes e hortaliças em São Paulo — Foto: Thiago de Jesus/Globo Rural
Fazenda Cubo cultiva microverdes e hortaliças em Pinheiros, São Paulo — Foto: Thiago de Jesus/Globo Rural

Aplicações em segmentos especializados

No setor cosmético e farmacêutico, a startup paulista 100% Livre atua há três anos com produção de plantas de alto valor, como alfaces, cogumelos e morangos, para indústrias e estabelecimentos premium. A unidade de Osasco, por exemplo, dedica-se exclusivamente a essas culturas, produzindo cerca de 100 mil cabeças de alface por mês em uma área de 250 metros quadrados.

“No início, fizemos muitos testes para chegarmos ao modelo de produção ideal”, conta Diego Gomes, fundador da empresa. O diferencial da 100% Livre está na constância, qualidade padronizada e abastecimento sob demanda, características valorizadas pelo mercado de produtos de nicho.

Expansão e futuro das fazendas verticais no Brasil

De acordo com dados do setor, a expansão das fazendas urbanas no Brasil acompanha uma tendência global. Segundo a Markets & Markets, o mercado mundial de fazendas verticais deve cresce 19,7% entre 2024 e 2029, atingindo receita de US$ 13,7 bilhões.

Gomes prevê que o modelo de negócios continuará evoluindo, especialmente em nichos específicos com produtos de valor agregado e demanda constante. “O futuro dessas fazendas está na diversificação de culturas e na instalação em pontos de venda, como supermercados, criando fazendas-vitrine que aproximam o consumidor do alimento fresco cultivado em ambientes controlados”, avalia.

O avanço da tecnologia e o interesse por alimentos mais sustentáveis impulsionaram a inovação na agricultura brasileira, tornando o setor cada vez mais digital e competitivo, conforme destaca a pesquisa da Tendências do Agro Digital, da Fundação Getúlio Vargas.

Para mais detalhes sobre projetos e tendências, acesse a matéria completa em O Globo.

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