Nesta terça-feira (3), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que dobra as tarifas de importação de aço, alumínio e derivados de 25% para 50%, com validade a partir de quarta-feira (4). A medida visa fortalecer a indústria siderúrgica americana, segundo o governo norte-americano, sob o argumento de garantir a segurança nacional.
Impacto nas relações comerciais e fornecedores
O Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, deverá ser bastante afetado. Em 2024, o país exportou cerca de 4,1 milhões de toneladas de aço para os norte-americanos, conforme dados do Departamento de Comércio dos EUA. O Canadá, maior fornecedor, exportou cerca de 6 milhões de toneladas no mesmo período, enquanto o México enviou 3,2 milhões de toneladas.
Para o setor do alumínio, cuja maior exportação aos EUA também é do Canadá, aproximadamente 50% do consumo do país é abastecido por importações. A medida de Trump influencia diretamente esses mercados, gerando incertezas e possíveis reajustes nos preços.
Contexto e reações internacionais
Desde o anúncio do aumento das tarifas, em abril, diversos países vêm negociando com os Estados Unidos \u2013 especialmente China, União Europeia, Canadá e México. O clima de tensão se intensificou quando Washington conseguiu retomar judicialmente a implementação das taxas, após uma suspensão parcial.
Posicionamento do Brasil e perspectivas futuras
Segundo especialistas, o impacto para o Brasil será significativo, podendo afetar ainda mais as exportações de aço e alumínio. O governo brasileiro acompanha atentamente o cenário, buscando possíveis medidas para minimizar os efeitos da alta tarifária.
O anúncio reforça a tendência de maior proteção às indústrias domésticas americanas, mesmo que isso gere instabilidade no comércio internacional e reforce tensões comerciais globais.
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