O desaparecimento de Nelson Francisco Carreira Filho, um empresário do setor de suplementos alimentares, completou mais de duas semanas, e seus familiares lidam com uma angústia profunda. Informações sugerem que Nelson tenha sido assassinado, mas a incerteza permanece, já que seu corpo ainda não foi encontrado.
O relato da família
Um dos irmãos de Nelson expressou a dor e desespero da família em meio a essa crise. “Péssimo. A pior sensação do mundo é essa… Você tem que velar quem?”, desabafou o irmão, que preferiu não se identificar. A preocupação com a localização do corpo e a falta de informações concretas agravam ainda mais a sua tristeza.
Nelson desapareceu no dia 16 de maio, após viajar de São Paulo para Cravinhos, onde se encontraria com Marlon Couto Paula Junior e Tadeu Almeida Silva, investigados pela Polícia Civil como os principais suspeitos do homicídio. A investigação indica que Nelson teria sido assassinado durante essa reunião devido a desavenças em negócios, e que seu corpo foi ocultado com a ajuda de Tadeu, sendo supostamente jogado no Rio Grande, em Miguelópolis, interior paulista.
A busca e as investigações
Até a data de hoje, os esforços de busca realizados pelos bombeiros na região próximo ao rancho de Nelson não resultaram na localização do corpo. Somente Tadeu foi detido até agora, após se apresentar espontaneamente à polícia, enquanto Marlon e sua esposa, Marcela Almeida, permanecem foragidos.
A defesa de Marlon informou não saber o paradeiro do indivíduo e, em uma carta enviada à polícia, ele alegou ter agido em legítima defesa. Marlon justificou seu ato, afirmando que se encontra em fuga devido a ameaças e um incidente em que sua casa foi invadida.
Impacto emocional na família
Os efeitos do desaparecimento de Nelson são devastadores. O irmão relatou que a situação tem afetado não apenas ele, mas toda a família. “Estou tomando remédio pra dormir, não consigo dormir, minha família é prova disso”, declarou. A filha de 10 anos de Nelson já foi exposta à situação pela mídia, e a dor da perda é evidente. “Ele já acabou com a vida da minha sobrinha, ele acabou com a vida da minha cunhada”, lamentou o irmão.
A incerteza e a angustiante possibilidade de que o corpo de Nelson nunca seja encontrado afligem ainda mais a família. O Rio Grande, onde o corpo foi supostamente descartado, é um local extenso e cheio de desafios, como igarapés e a presença de piranhas, que dificultam as buscas.
Questionamentos e reações
O irmão de Nelson se questiona sobre os motivos que levaram Marlon a agir dessa forma e se solidarizar com a família do empresário após o crime. “Como você assassina um cara e vai na casa do cara à noite? Você olha a filha do cara à noite, a menina tem 10 anos, não entra isso na minha cabeça”, observou.
Defesa de Marlon se pronuncia
Nathan Castelo Branco, advogado de Marlon e Marcela, afirmou que Marlon ainda não se apresentou à polícia devido ao medo gerado por ameaças recebidas. Ele reconheceu a intenção de Marlon de se apresentar no futuro, assim que a situação de segurança permitir. “Ele vai aguardar para verificar se futuramente, com uma averiguação, talvez, de quem o está ameaçando, aí ele deve se apresentar”, declarou o advogado.
A situação em torno do desaparecimento de Nelson Carreira Filho é um triste exemplo do impacto que situações de violência têm sobre famílias e comunidades. O clamor por justiça e pela verdade persiste, enquanto os investigações continuam.
Continue acompanhando as atualizações sobre essa história trágica através de fontes de notícias locais.
