Brasil, 5 de junho de 2025
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Carla Zambelli deixa o Brasil em meio a polêmica e solidariedades

Após condenação, deputada recebe apoio de colegas de direita enquanto Bolsonaros permanecem em silêncio.

Na última terça-feira, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou sua saída do Brasil, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão. Sua decisão gerou reações nas redes sociais, com manifestações de apoio de parlamentares alinhados com a direita, mas sem qualquer posicionamento visível da família Bolsonaro sobre o fato.

A razão da saída de Zambelli

Em entrevista à Rádio Auriverde, Zambelli declarou que deixou o país para cuidar de um problema de saúde, mas também mencionou enfrentar uma “perseguição judicial”. Essa alegação de perseguição foi amplamente apoiada por políticos conservadores, que acreditam que a justiça brasileira está sendo mais rigorosa com os membros da direita.

Reações de parlamentares de direita

Dentre as demonstrações de solidariedade, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, enfatizou que “inúmeros políticos de esquerda investigados por corrupção seguem livres”, insinuando uma injustiça no tratamento que Zambelli e outros membros da direita estão recebendo. Cavalcante declarou: “Quando se trata de uma deputada de direita e conservadora, a justiça corre — e atropela”.

Outros parlamentares também expressaram apoio. A deputada Carol de Toni (PL-SC) postou: “Toda a nossa solidariedade e apoio à Carla. Você não está sozinha”. Já a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) foi mais longe, alegando que Zambelli é uma vítima da “ditadura da toga”, referindo-se ao poder judiciário. Ela postou em suas redes sociais: “Por Zambelli, por Eduardo, por Bolsonaro, pelos presos políticos do 8 de janeiro e por todos os brasileiros que acreditam no Brasil”.

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) também se pronunciou, afirmando que Zambelli “não se curvou a injustiça”. Damares Alves, senadora e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos durante a gestão de Bolsonaro, se solidarizou com Zambelli, reiterando que “a injustiça e a perseguição política não podem prevalecer”.

Silêncio da família Bolsonaro

Curiosamente, nas redes sociais, a família Bolsonaro manteve silêncio sobre a saída de Zambelli. O vereador Carlos Bolsonaro usou suas plataformas para discutir escândalos de corrupção relacionados ao INSS, enquanto o senador Flávio Bolsonaro focou em dados negativos sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Jair Bolsonaro também se manifestou, mas não sobre Zambelli, compartilhando dados de pesquisas eleitorais e trechos de depoimentos em outros assuntos.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, por sua vez, também não fez referência à colega de bancada. Recentemente, ele publicou um vídeo em resposta a críticas do presidente Lula, que o havia rotulado de “terrorista”, mas não mencionou a saída de Zambelli do país. Eduardo enfrenta sua própria batalha judicial, respondendo a um inquérito no STF que envolve acusações de coação e tentativa de obstrução de justiça.

Consequências da saída de Zambelli

A saída de Carla Zambelli do Brasil levanta questões importantes sobre a relação entre justiça e política no país. Seu caso é emblemático de uma tensão crescente entre conservadores e progressistas, refletindo as divisões políticas que permeiam a sociedade brasileira atualmente. A falta de um posicionamento da família Bolsonaro pode demonstrar um afastamento estratégico ou um cálculo político, considerando a atual situação do governo Lula.

Enquanto isso, a pressão sobre o STF e outros órgãos de justiça permanece intensa. Com políticos da direita clamando por igualdade no tratamento judicial, o futuro político de figuras como Zambelli permanece incerto, assim como o impacto de sua saída sobre a dinâmica política no Brasil.

O cenário continua mudando e a postura do governo e da justiça ainda será observada de perto, com expectativas de repercussões tanto políticas quanto sociais.

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