A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tem participado de intensos desdobramentos legais nas últimas semanas. Recentemente, investigadores descobriram que ela deixou o Brasil utilizando uma rota terrestre, passando pela cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, antes de seguir para a Argentina e posteriormente para os Estados Unidos. Sua saída tem gerado polêmica, especialmente após uma condenação que pode resultar em pena de prisão e perda do mandato. No dia em que se revelou essa linha de fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da parlamentar.
Rota terrestre até a Europa
De acordo com informações preliminares obtidas pela imprensa, Zambelli atravessou a fronteira brasileira até a cidade de Puerto Iguazú, na Argentina, que fica a apenas 16 quilômetros de Foz do Iguaçu. Após cruzar a divisa, ela seguiu para Ezeiza, na província de Buenos Aires, de onde embarcou em um voo para os Estados Unidos. A saída do país se deu em um contexto delicado, já que a deputada enfrenta graves acusações, incluindo a participação em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A alegação de perseguição judicial
Em entrevista à Rádio Auriverde, Zambelli afirmou que sua saída do Brasil foi motivada por problemas de saúde, mas também destacou estar sofrendo o que chamou de “perseguição judicial”. De acordo com a parlamentar, sua condenação a tornou alvo de ataques e injustiças por parte do sistema. O advogado Daniel Bialski, que anteriormente defendia a deputada, confirmou que a viagem foi comunicada e disse que Zambelli saiu para dar continuidade ao tratamento de saúde necessários, além de mencionar que deixou a defesa por “motivos de foro íntimo”.
Prisão preventiva em pauta
Enquanto isso, a situação legal de Zambelli se agrava. A PGR planeja pedir ao STF a prisão preventiva da deputada, algo que será decidido pelos ministros da alta corte. A condenação da parlamentar, que está sendo alvo de recursos, decorre de seu envolvimento em um esquema que inclui a elaboração de documentos falsos, um deles considerado especialmente grave: um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, documento que foi inserido no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.
A apreensão e devolução do passaporte
Importante ressaltar que Zambelli teve seu passaporte apreendido em 2023, porém, ele foi devolvido pelo STF posteriormente. Embora a deputada tenha deixado o Brasil antes do término de todos os processos judicializados, tal ato levanta questionamentos sobre sua intenção de evitar as consequências de sua condenação. O fato de conseguir sair do país, mesmo sob investigação, gera discussões sobre a eficácia e os limites do sistema judicial brasileiro.
A população e a política em foco
A fuga da deputada Zambelli também levanta questionamentos sobre a política brasileira e a imagem que os políticos transmitem à população. Muitos cidadãos se sentem desiludidos com a corrupção e a impunidade percebidas dentro dos quadrantes do poder. A senadora, por sua vez, continua em um enredo que mistura política, justiça e saúde, deixando os brasileiros em expectativa sobre os próximos desdobramentos desse caso tão polêmico.
O cenário político brasileiro observa atentamente os desdobramentos da situação da deputada Zambelli. A interação entre o Poder Judiciário e o Legislativo nunca foi tão debatida, e um desfecho pode impactar diretamente a confiança dos brasileiros nas instituições. À medida que as apurações prosseguem e conforme novos desdobramentos emergem, a população aguarda ansiosamente por respostas e justiça.
Com o futuro da deputada em jogo, e o pedido de prisão preventiva movendo-se pelo STF, é certo que os próximos dias revelarão se Zambelli conseguirá evitar consequências legais mais severas ou se finalmente prestará contas ao sistema que, segundo ela, tem sido seu maior perseguidor.