A Câmara dos Deputados deu início aos trabalhos nesta segunda-feira (2/6) em um formato inovador e virtual, permitindo que 488 dos 513 parlamentares registrassem presença sem necessidade de estar fisicamente em Brasília. No entanto, a implementação desse sistema trouxe consigo uma nova regra que apavora alguns representantes: os parlamentares que esquecerem de acessar o InfoLeg pelo celular para “bater ponto” enfrentarão descontos em seus salários. A medida visa garantir a participação e o quórum necessário para as votações, mesmo em um cenário que se mostra desafiador.
Apenas a presença virtual não é suficiente
No início da sessão home office, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez questão de ressaltar a importância da participação dos deputados, enfatizando que “as votações terão efeito administrativo”. Isso significa que aqueles que não estiverem ativos durante as votações terão parte de seus salários afetados. Tal abordagem é frequentemente utilizada para pressionar os parlamentares a aparecendo e se engajando nas atividades legislativas.
Essa nova dinâmica surge como uma resposta à crítica comum sobre o suposto ritmo lento das atividades da Casa, algo que membros tanto da base aliada quanto da oposição têm relatado em conversas privadas. A implementação de sessões virtuais é uma maneira de mostrar que, apesar dos desafios impostos pela pandemia e outras questões, a Câmara está disposta a manter sua produtividade.
Atividades interrompidas
A sessão desta segunda-feira será a única da semana, uma vez que o Congresso interromperá suas atividades para dar lugar ao Fórum Parlamentar do Brics, um bloco econômico do qual o Brasil faz parte ao lado de países como China, Rússia, Índia e África do Sul. O evento está programado para ocorrer de terça-feira (2/6) até quinta-feira (5/6), o que pode complicar ainda mais a agenda dos parlamentares e o andamento dos projetos de lei em pauta.
Quem não compareceu?
Apesar da possibilidade de participação remota, alguns parlamentares não registraram presença. Dentre os faltantes, destacam-se nomes como:
- AJ Albuquerque (PP-CE)
- Arthur Lira (PP-AL)
- Benedita da Silva (PT-RJ)
- Delegada Katarina (PSD-CE)
- Doutor Luizinho (PP-RJ)
- Luiz Ovando (PP-MS)
- Felipe Carreras (PSB-PE)
- Fernando Monteiro (Republicanos-PE)
- Heitor Schuch (PSB-RS)
- Isnaldo Bulhões (MDB-AL)
- Jorge Braz (Republicanos-RJ)
- Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF)
- Luciano Bivar (União-PE)
- Márcio Marinho (Republicanos-BA)
- Maria Rosas (Republicanos-SP)
- Mersinho Lucena (PP-PB)
- Moses Rodrigues (União-CE)
- Ossesio Silva (Republicanos-PE)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Rafael Brito (MDB-AL)
- Rosângela Moro (União-SP)
- Simone Marquetto (MDB-SP)
Conforme ressaltado por analistas políticos, essa penalização pode servir como um alerta para fortalecer a presença dos deputados durante as sessões, especialmente em tempos onde o engajamento político é crucial. Resta aguardar como a nova estratégia de funcionamento da Câmara influenciará a dinâmica legislativa e a participação dos deputados em pautas importantes nos próximos dias.
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