Brasil, 5 de junho de 2025
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A tragédia dos andes: a luta pela sobrevivência de 1972

Em 1972, a queda de um avião nos Andes trouxe desafios extremos e histórias de sobrevivência de vitória.

O drama da tragédia dos Andes começou há 52 anos, no dia 13 de outubro de 1972. Um grupo de jogadores de rugby do Colégio Stella Maris, integrantes do time Old Christians Club, embarcou no voo 571, que decolou do aeroporto El Plumerillo, em Mendoza, Argentina, com destino a Santiago do Chile. Entretanto, devido a condições climáticas ruins, a aeronave, um Fairchild FH-227 da Força Aérea Uruguaia, precisou fazer uma escala, o que desencadeou uma sequência de eventos dramáticos que mudaria a vida de todos a bordo.

A queda e o início da luta pela sobrevivência

O voo, com 40 passageiros e 5 tripulantes, enfrentou um erro de cálculo dos pilotos, que não levaram em conta a força do vento e acabaram se desviado de sua rota original. Com baixa visibilidade e confiança excessiva nos instrumentos, o avião colidiu com a Cordilheira dos Andes a 4.400 metros de altitude. A cauda do avião bateu em um pico, e a asa se desprendeu, resultando em um desastre que deixou 32 sobreviventes imediatos, muitos com ferimentos graves.

As esperanças se esvaíram rapidamente, pois as buscas de resgate foram interrompidas após uma semana, dada a dificuldade em localizar os destroços. Os sobreviventes se viram em uma situação desesperadora, tendo que aprender a derreter neve para produzir água e usar assentos do avião para construir abrigos improvisados. Quando a comida acabou, uma decisão inimaginável teve que ser tomada: recorrer à carne dos falecidos para sobreviver.

Desafios extremos e a resiliência humana

Em meio a essa luta pela sobrevivência, os dias se tornaram intermináveis, e as mortes começaram a pesar sobre os sobreviventes. No dia 29 de outubro, uma avalanche soterrou a fuselagem, levando mais oito vidas. Ao fim de dois meses, apenas 16 pessoas permaneciam vivas. O ambiente hostil apresentava montanhas cobertas de neve e uma desolação absoluta.

Com a esperança diminuindo a cada dia que passava, Roberto Canessa e Fernando Parrado decidiram se aventurar para buscar ajuda. Sem experiência em montanhismo, eles enfrentaram temperaturas extremas e obstáculos físicos imensos, percorrendo 60 km em uma jornada desafiadora. Finalmente, avistaram um grupo de pessoas na margem de um rio e conseguiram sinalizar sua necessidade de ajuda. A comunicação foi feita através de uma mensagem escrita, passando por um vaqueiro que se tornou sua ponte para a civilização.

O resgate e suas consequências

O vaqueiro, Sérgio Catalán, ficou com eles e guiou uma missão de resgate que, desta vez, não poderia falhar. O reencontro e a certeza de que a salvação estava a caminho trouxeram um alívio indescritível. No dia 23 de dezembro de 1972, finalmente, a missão de resgate revelou-se um sucesso; dos 45 ocupantes do voo, apenas 16 sobreviveram ao horror da queda e ao desafio da sobrevivência nas montanhas.

Após serem resgatados, os sobreviventes enfrentaram novos desafios, como desidratação, desnutrição e condições de saúde debilitadas devido ao longo período em situações extremas. O resgate significou mais do que a salvação física; para muitos, foi um segundo aniversário, uma nova chance de vida e a oportunidade de recomeçar suas histórias.

Legado e memórias

A memória das dificuldades enfrentadas por estes sobreviventes permanece viva. A história da tragédia dos Andes se transformou em um símbolo da resiliência humana e da luta pela vida diante das adversidades. O local da tragédia agora abriga um memorial visitado por alpinistas e documentaristas que buscam retratar um dos capítulos mais impressionantes da história recente.

Hoje, Roberto Canessa e Fernando Parrado, aos 71 e 75 anos, respectivamente, compartilham suas histórias de sobrevivência e superação, inspirando gerações com uma narrativa marcada pela perseverança. A tragédia dos Andes se solidificou na memória coletiva, um relato de fé, coragem e esforço sobre-humano que nos lembra do poder indomável do espírito humano.

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