Brasil, 4 de junho de 2025
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Relatório critica metas ambientais da JBS e de outras gigantes do setor

Organização avalia estratégias climáticas de cinco empresas globais, destacando fragilidades na transparência e no alinhamento com metas de descarbonização

O Monitor de Responsabilidade Climática Corporativa (CCRM) avalia as políticas ambientais de cinco grandes empresas do setor agroalimentar internacional, incluindo JBS, Danone, Mars, Nestlé e PepsiCo. Segundo o relatório, nenhuma delas demonstrou uma postura ideal, com destaque para a insatisfatória avaliação da gigante brasileira, considerada “muito baixa”.

Desafios na transparência e no compromisso das empresas

De acordo com o documento, embora todas tenham firmado compromissos de interromper o desmatamento, falta clareza na implementação dessas ações. A maioria trabalha com metas que incluem ressalvas, como foco limitado a fornecedores diretos ou uso de certificados sem rastreabilidade física. Exclusivamente a JBS apresenta planos com lacunas importantes, segundo o relatório.

“Todas as empresas se comprometem a acabar com o desmatamento, mas sem planos claros de execução”, resume a organização. A avaliação aponta que a postura da JBS e das demais companhias não está alinhada às metas globais de descarbonização.

‘Criticamente desalinhado’ com marcos de descarbonização

Para Eve Fraser, especialista do NewClimate Institute, a meta da JBS para 2030 não traria impacto significativo: “Isso resultaria em apenas 1% de redução nas emissões, o que é criticamente desalinhado com os marcos de descarbonização para o setor”, avaliou.

Fraser ressaltou ainda que a empresa continua expandindo suas operações de pecuária industrial, sem esforços substanciais para diversificar sua atuação e transitar para proteínas vegetais, o que compromete a promessa de atingir emissões líquidas zero até 2040. “Os relatórios ambientais da JBS carecem de transparência suficiente para acompanhar seu progresso”, afirmou.

Falta de ações concretas e metas insuficientes

A especialista criticou a limitação do compromisso da JBS em relação ao desmatamento ilegal, que abrange apenas fornecedores diretos, e apontou a ausência de ações relevantes para fatores como a expansão da pecuária e produção de ração. Além disso, o documento considera “altamente insuficiente” a meta da companhia de redução da intensidade de emissões para os escopos 1 e 2, por não abordar as principais fontes de emissão.

Perspectivas futuras e dúvidas sobre o compromisso da JBS

Fraser destacou que a promessa da JBS de zerar emissões líquidas até 2040 foi reformulada como uma aspiração, e não uma meta firme, levantando dúvidas sobre sua real intenção de contribuir para a descarbonização do setor agroindustrial. Segundo ela, a transparência nos relatórios ambientais é insuficiente para avaliar o progresso e a eficácia das ações planejadas pela empresa.

Para mais detalhes, acesse o relatório completo.

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