Brasil, 3 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Rede D’Or abandona uso do gás do riso para reduzir emissões de carbono

A rede hospitalar Rede D’Or anunciou a retirada do óxido nitroso, conhecido como gás do riso, do seu protocolo de anestesia, contribuindo para combate ao aquecimento global.

Desde maio de 2024, a Rede D’Or iniciou um projeto-piloto para reduzir o uso de óxido nitroso (N₂O), um gás de eficácia anestésica e altíssimo impacto no efeito estufa. Após avaliações bem-sucedidas, a iniciativa foi ampliada para 79 unidades Hospitalares em São Paulo, com resultados expressivos.

Redução do uso de N₂O e impactos ambientais

Segundo a companhia, a redução no consumo de N₂O atingiu 80%, evitando a emissão de poluentes equivalentes à pegada de carbono de 31 milhões de quilômetros rodados por um carro a combustão — quase o suficiente para dar uma volta ao redor da Terra. Além do benefício ambiental, a rede economizou aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Leopoldo Muniz, gerente médico de Qualidade Corporativa da Rede D’Or e anestesista, destacou que o uso do gás era, em grande parte, uma questão de hábito: “O anestesista sempre usou o N₂O para fazer indução inalatória, mas já se sabia que esse gás era dispensável”.

Perspectivas futuras e exceções

De acordo com a diretora de Qualidade Corporativa, Helidea Lima, o uso do N₂O será restrito a cirurgias de pacientes pediátricos com acesso venoso difícil, uma excepcionalidade. Ela afirmou que a meta é manter o projeto e ampliar sua eficiência, contribuindo para a redução do impacto ambiental do setor de saúde.

A importância da mudança na saúde e na sustentabilidade

Especialistas reforçam que a iniciativa da Rede D’Or é um avanço na luta contra as mudanças climáticas. O uso de gases com alto potencial de efeito estufa, como o N₂O, permanece comum entre profissionais de saúde, dentistas e na agricultura, por falta de conscientização ou de alternativas viáveis.

Segundo estudos, o N₂O é cerca de 300 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO₂) no efeito estufa, o que reforça a necessidade de ações para sua substituição no setor hospitalar e além.

Próximos passos na busca por sustentabilidade na saúde

A iniciativa da Rede D’Or serve de exemplo para outras redes hospitalares e setores industriais, incentivando a adoção de práticas mais sustentáveis. A continuidade do projeto e a disseminação de novas tecnologias podem ampliar ainda mais os benefícios ambientais no Brasil e no mundo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes