Brasil, 3 de junho de 2025
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Patriarca Ecumênico de Constantinopla recebe Prêmio Laudato si’

O Prêmio Laudato si' foi entregue ao Patriarca Bartolomeu I por sua liderança ecológica e inspiradora, destacando a crise ambiental.

O último dia 29 de maio foi marcado por um momento significativo para a comunidade cristã e ambientalista, com a entrega do Prêmio Laudato si’ ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I. O prêmio, que também foi concedido ao teólogo Leonardo Boff, à Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) e ao Movimento Laudato si’, reconhece esforços heroicos em prol da ecologia e da promoção de uma conscientização ecológica mundial.

A importância do reconhecimento

A cerimônia, realizada na Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, destacou a notável liderança ecológica do Patriarca Bartolomeu I. O evento homenageou não apenas seus esforços, mas também os de outros influentes líderes e organizações na luta por um planeta mais saudável. O prêmio visa enfatizar a crucial necessidade de uma conversão ecológica profundada nas mensagens da encíclica Laudato si’ e na celebração do “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, instituído por Bartolomeu.

Uma mensagem de unidade e responsabilidade

Durante sua aceitação do prêmio, Bartolomeu I abordou a necessidade de um despertar espiritual para a crise ambiental. Ele destacou que “se não houver uma verdadeira conversão do homem, a crise ecológica não poderá ser resolvida”. Com uma mensagem direta, o Patriarca enfatizou que ações que prejudicam o meio ambiente devem ser vistas como um pecado grave. Essas palavras ecoaram a necessidade de responsabilidade coletiva em relação ao nosso planeta.

A combinação de datas históricas — o 800º aniversário do Cântico das Criaturas, o 10º aniversário da encíclica Laudato si’ e o 1700º aniversário do primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia — deu ao evento um simbolismo ainda mais profundo, sublinhando a importância da natureza na espiritualidade cristã.

O papel de cada um nesta luta

Leonardo Boff também recebeu o prêmio e fez uma declaração tocante sobre a mudança necessária na relação dos seres humanos com a natureza. Ele enfatizou que a humanidade deve passar de “patrões e proprietários” para “irmãos e irmãs” no cuidado e respeito pela criação de Deus. Essa transformação implica um compromisso espiritual e prático com o cuidado do meio ambiente como um ato de amor ao próximo.

Mobilização e ação coletiva

A REPAM foi representada por Dom Rafael Cob García, que, ao receber o prêmio, reafirmou o papel crucial da Igreja na proteção da Amazônia e na busca de justiça social. Ele destacou a necessidade urgente de agir como “peregrinos da esperança” em um momento em que a crise ecológica se agrava.

Lorna Gold, diretora executiva do Movimento Laudato si’, trouxe à tona a necessidade de uma reviravolta ecológica e de unir as vozes de fé para transformar a crise em uma oportunidade de renovação espiritual e ambiental. “Devemos ver este momento como um Kairós”, disse ela, referindo-se a um momento oportuno para agir e fazer a diferença.

Um futuro sustentável depende de nós

O reconhecimento ao Patriarca Bartolomeu I e a outras figuras destacadas neste evento serve como um poderoso chamado à ação, exigindo que indivíduos, comunidades e instituições se unam para enfrentar os desafios ambientais que o mundo enfrenta. A encíclica Laudato si’ continua a ser um documento crucial que nos lembra da importância de cuidar da criação de Deus e da interconexão entre todos os seres vivos.

Com um apelo à conversão e à reflexão, a cerimônia de premiação não apenas celebrou realizações passadas, mas também lançou uma luz sobre o caminho a seguir. Se a humanidade deseja um futuro sustentável, a transformadora mensagem do Prêmio Laudato si’ deve ressoar nas ações de cada um.

Continuar esse diálogo é vital; a proteção do planeta não deve ser um esforço isolado, mas uma jornada coletiva, e o prêmio serve como um lembrete de que todos têm um papel a desempenhar na salvaguarda do nosso lar comum.

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