O cenário político brasileiro está em constante transformação, e o Partido Social Democrático (PSD) tem intensificado sua estratégia para se consolidar como uma das principais forças nas eleições de 2026. Recentemente, a adesão de líderes regionais como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ambos ex-integrantes do PSDB, fortalece a posição do PSD. Com essa movimentação, o partido espera aumentar ainda mais seu número de prefeitos, alcançando um total que pode ultrapassar mil municípios, expandindo assim seu domínio no cenário político nacional.
Novas filiações e a estratégia de crescimento
As novas adesões, principalmente de quadros políticos respeitados, são tratadas no meio político como um claro movimento para demonstrar força por parte de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. A busca por fortalecer a sigla vem como resposta às recentes articulações da “superfederação” entre União Brasil e Progressistas (PP), que se tornaram a maior bancada na Câmara dos Deputados.
Conforme informado por dirigentes ouvidos pelo GLOBO, Kassab está decidido a antecipar o processo eleitoral, respondendo às investidas do grupo de Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União) nos estados. A estratégia envolve delegar o controle dos diretórios estaduais aos novos filiados para que liderem as tratativas para as eleições do próximo ano. Essa abordagem não só amplia a capilaridade do PSD, mas também assegura que as eleições de 2024 sejam bem planejadas e executadas.
Resultados das eleições anteriores e desafios futuros
O PSD teve um desempenho significativo nas eleições de 2024, conquistando 889 prefeituras, embora essa distribuição não seja uniforme no país. Por exemplo, no Rio Grande do Sul, a sigla apenas conseguiu administrar 12 cidades, o que representa apenas 2,4% do total. Em contraposição, o PSDB e o PP dominam com um número muito maior de prefeituras em diversos estados.
A chegada de Eduardo Leite ao PSD é vista como um movimento estratégico para reverter essa situação no Rio Grande do Sul. O governador tem trabalhado para atrair novos líderes e tem planos para organizar um grande evento de adesão que pode atrair mais filiações. Raquel Lyra, por sua vez, trouxe consigo não apenas o controle do diretório estadual, mas também um aumento significativo no número de prefeitos em Pernambuco, passando de 20 para 65, segundo suas próprias declarações.
Movimentações em outros estados
No estado de Alagoas, Kassab também tem estado ativo. Recentemente, ele filiou o deputado federal Luciano Amaral, ex-integrante do PV e primo do governador Paulo Dantas (MDB), liderando o diretório estadual com a missão de garantir uma chapa competitiva para as próximas eleições. O PSD, que não conseguiu eleger prefeitos em 102 municípios no último ciclo eleitoral, tem um caminho desafiador pela frente.
Além disso, Kassab está de olho em outras lideranças, incluindo governadores como Eduardo Riedel (PSDB), do Mato Grosso do Sul, que ainda apresenta resistência à filiação, mas que pode ser atraído devido ao descontentamento de muitos tucanos com a atual direção do partido. Com isso, Kassab busca uma forte presença na política regional, consolidando o PSD como um dos partidos de maior relevância no Brasil.
O futuro do PSD nas eleições de 2026
O movimento do PSD em direção à conquista de um número expressivo de prefeituras é mais do que uma corrida por mandatos; é uma estratégia arquitetada para solidificar o partido como uma verdadeira potência política no cenário nacional. Enquanto Kassab e sua equipe continuam a trabalhar para fortalecer a estrutura do partido, as próximas eleições se configuram como um teste crucial para avaliar a eficácia dessas novas filiações e a real capacidade do PSD de angariar um número cada vez maior de prefeitos. O futuro político do PSD depende, efetivamente, de como esses desafios serão enfrentados e superados, com um olhar focado nas eleições de 2026.
