Brasil, 4 de junho de 2025
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Lindbergh farias critica a atuação de bolsonaro nos eua

No último dia 2 de junho, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) fez declarações contundentes sobre as atividades do grupo político do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Durante um depoimento à Polícia Federal, Farias expressou preocupação com o que considera uma defesa dos interesses dos Estados Unidos em detrimento do Brasil. “Nós temos pela primeira vez um agrupamento político que defende posições de um outro país, parece a bandeira dos EUA”, afirmou, destacando que essa situação é sem precedentes na história do Brasil.

A acusação de “golpe continuado”

As declarações de Lindbergh foram proferidas após seu depoimento relacionado ao inquérito que investiga a conduta de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fora do país. O líder do PT acusou o deputado, que atualmente está licenciado, de participar de um “golpe continuado” contra o Estado Democrático de Direito. Para ele, as ações de Eduardo nas terras norte-americanas fazem parte de uma ofensiva que antecedeu os ataques de 8 de janeiro de 2023, que buscaram deslegitimar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.

Em suas observações, Lindbergh enfatizou que o tema em questão transcende os interesses políticos e deve ser visto como uma questão de interesse nacional. Ele espera que diferentes setores da economia brasileira se manifestem em defesa das instituições do país, fortalecendo a democracia.

Ações de Eduardo e suas implicações

O parlamentar ainda comunicou sua intenção de solicitar o bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, argumentando que Jair contribui para o sustento do filho à distância, nos Estados Unidos. A crítica é de que essa atitude não é apenas uma questão de família, mas uma questão que afeta diretamente a soberania do Brasil. “Nós temos mais de 600 manifestações do Eduardo Bolsonaro”, afirmou Lindbergh durante o depoimento, acentuando a gravidade da situação.

“A conduta de Eduardo Bolsonaro ainda é a mesma dos golpistas. Qual a diferença entre o que ele faz e o que fizeram os que depredaram o Supremo?”, disse Farias, referindo-se às articulações internacionais para sancionar autoridades de destaque no Brasil, como ministros do STF e delegados da Polícia Federal.

Riscos de uma crise diplomática

Lindbergh levantou também a possibilidade de uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, resultado das ações de Eduardo Bolsonaro e seus aliados. Sua equipe jurídica pediu medidas cautelares, que incluem o bloqueio dos bens de Jair Bolsonaro, bem como a quebra de sigilos bancário e fiscal do ex-presidente e de outros envolvidos, para investigar a possível movimentação de recursos ao exterior que poderiam ser utilizados de forma inadequada.

Outro ponto que chamou a atenção foi o pedido para incluir o empresário e influenciador Paulo Figueiredo nas investigações, devido a sua suposta participação nas ações mencionadas, que buscam minar a democracia e a justiça no Brasil.

Atuação da Procuradoria-Geral da República

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem investigado Eduardo Bolsonaro desde 2023, definindo suas atividades no exterior como tentativas de persuadir o governo americano a aplicar sanções contra membros do Judiciário brasileiro. Em entrevistas e postagens nas redes sociais, a PGR encontrou evidências que indicam uma tentativa de intimidação ao sistema jurídico nacional. Além disso, a conduta do deputado pode ser caracterizada como coação no curso do processo e obstrução de investigação de organização criminosa.

Eduardo Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde o final de fevereiro e anunciou sua licença do mandato em março, já havia se manifestado criticamente em relação ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que envolvem seu pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

Esses eventos geram um clima de incerteza no cenário político brasileiro, levantando questões sobre a proteção da democracia e a integridade das instituições. A expectativa é que o assunto continue a ser amplamente debatido, a fim de garantir a estabilidade política e institucional do Brasil.

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