A renomada autora Lícia Manzo foi recontratada pela TV Globo para desenvolver um novo projeto na dramaturgia da emissora, menos de um ano após o cancelamento de sua novela das seis e o insucesso de “Um Lugar ao Sol” (2021). Essa recontratação sinaliza uma nova fase para a autora, conhecida por suas histórias envolventes e emocionantes, e suscita discussões sobre a direção que a dramaturgia da Globo tomará nos próximos anos.
O retorno de Lícia Manzo e novas colaborações
De acordo com a colunista Anna Luiza Santiago, Lícia Manzo retornou à Globo acompanhada de Cristianne Fridman, uma parceira criativa que também traz uma bagagem considerável na dramaturgia brasileira. Ambas autoras já estão trabalhando em novos roteiros, cujos detalhes permanecem em sigilo. Um dos projetos que já está em desenvolvimento é um filme sobre as “mães de Haia”, histórias de mulheres que enfrentam a difícil situação de retornar ao Brasil com seus filhos após viverem experiências traumáticas no exterior.
Esse novo início para Lícia Manzo é cercado de expectativas, especialmente considerando que suas obras anteriores, como “A Vida da Gente” (2011) e “Sete Vidas” (2015), foram bem recebidas pelo público e pela crítica. O seu retorno ao panorama artístico da Globo traz à tona debates sobre a revitalização da narrativa e sobre como as histórias abordadas nas novelas poderão se reinventar para atender um público que busca inovações na televisão.
O futuro incerto após “O País de Alice”
Em agosto de 2023, Lícia havia submetido capítulos da novela “O País de Alice”, que estava prevista para suceder “Elas por Elas” na faixa das 18h. Contudo, a direção da Globo decidiu vetar a produção, considerando-a “sofisticada demais” para o perfil atual da emissora. A decisão partiu do diretor Amauri Soares, que elegeu temas que pudessem trazer um apelo mais popular e acessível, optando por priorizar narrativas que geram maior identificação junto ao público.
Após esse revés, o espaço deixado pela trama de Lícia foi rapidamente ocupado por “No Rancho Fundo”, de Mario Teixeira, que conseguiu recuperar a audiência na faixa das 18h. Essa mudança evidencia uma estratégia da Globo em ajustar sua programação para aumentar o engajamento de seu público e reafirmar sua presença no cenário da teledramaturgia brasileira.
Fridman se junta ao time da Globo
Cristianne Fridman também retoma sua parceria com a Globo após uma passagem significativa pela Record, onde escreveu novelas de grande impacto como “Chamas da Vida” (2008) e “Topíssima” (2019). Assim como Lícia, Fridman chegou a apresentar um projeto para a TV Globo que acabou não sendo aprovado, e agora se une a Manzo em busca de novas oportunidades na emissora.
A reestruturação da Globo, que envolve a recontratação de autores consagrados com contratos mais flexíveis, é parte de uma estratégia maior para revitalizar suas produções. Nomes como Aguinaldo Silva, afastado desde 2020, também fazem parte desse movimento, retornando com a novela “Três Graças”, que sucederá o remake de “Vale Tudo”.
Enquanto isso, a nova colaboração entre Lícia Manzo e Cristianne Fridman promete trazer um sopro de novidade à dramaturgia da Globo. Com temas contemporâneos e intrigantes, é seguro afirmar que os próximos meses serão decisivos para o futuro dessas duas autoras e das narrativas que elas irão criar na televisão brasileira.
Até o momento, não há previsão de estreia ou confirmação de exibição na TV ou no Globoplay para os novos projetos em desenvolvimento. O cenário atual da televisão brasileira continua desafiador, mas a expectativa é que Lícia e Fridman consigam trazer inovações que ressoem com a audiência e contribuam para um renascimento na programação da Globo.