O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (2/6) que a discussão sobre o fim dos supersalários e mudanças na aposentadoria das Forças Armadas deve preceder todas as votações no Congresso Nacional. Segundo ele, essas reformulações são essenciais para estabelecer um exemplo na agenda de ajustes fiscais do país.
Questionado se a reforma administrativa é prioridade do governo, Haddad afirmou que a equipe econômica já encaminhou propostas relacionadas ao tema ao Parlamento, destacando a importância de tratar primeiro da questão dos salários excessivos e aposentadorias nas Forças Armadas.
Reformas fiscais e aposentadorias no topo da agenda
“Nós já enviamos algumas propostas que considero fundamentais, e que deveriam ser discutidas antes de qualquer outra votação: os supersalários e o acordo feito com as Forças Armadas sobre aposentadoria”, declarou o ministro. Ele acrescentou que essas ações podem servir de exemplo para o início do debate mais amplo sobre a reforma administrativa.
Haddad destacou ainda a necessidade de cautela, alertando que alguns aspectos da reforma administrativa podem elevar os gastos públicos. “Tenho insistido com o Congresso para que priorize essas questões”, ressaltou, indicando que irá dialogar com o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), coordenador do grupo de trabalho da Câmara responsável pelas discussões.
Foco na contenção de despesas no serviço público
O ministro afirmou que começar pelas altas remunerações no setor público pode criar um impacto simbólico e real na racionalização dos gastos. “Podemos dar um bom exemplo ao começar pelo topo do serviço público”, afirmou.
Perspectivas para o debate e implementação
Fernando Haddad salientou que emanou sua preocupação ao Congresso e planeja aprofundar a discussão com os parlamentares, com a intenção de avançar nas mudanças essenciais para o equilíbrio fiscal do país. A expectativa é que, com o início dessas ações, sirva de catalisador para os debates mais amplos sobre reformas estruturais.
Especialistas ouvidos por fontes externas reforçam que tais medidas são fundamentais para o controle de gastos públicos e para melhorar a sustentabilidade fiscal do Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia, avanços na redução de despesas podem impulsionar a confiança do mercado e estimular o crescimento econômico.
O ministro também citou que a questão será discutida com diversos stakeholders e que o governo pretende avançar na agenda de reformas fiscais com responsabilidade, buscando consenso na sociedade e no Congresso.