Começou nesta segunda-feira, 2 de junho, a greve dos professores da rede pública do Distrito Federal (DF). A paralisação, aprovada em assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), ocorre por tempo indeterminado e expressa a insatisfação da categoria com a falta de investimento na educação e a valorização profissional.
Justiça impõe multas enquanto professores mantêm paralisação
A greve foi mantida mesmo após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) estabelecer uma multa de R$ 1 milhão por dia ao Sinpro-DF, além de autorizar o corte de ponto dos servidores que aderirem ao movimento. “Uma decisão absurda e desproporcional da Justiça”, declara o diretor do sindicato, Samuel Fernandes. “O governo, que não investe na educação e não valoriza os professores, criminaliza a greve, que é um direito constitucional. A paralisação só será encerrada por decisão em assembleia da nossa categoria”.
Demandas dos professores incluem reestruturação da carreira
Entre as principais reivindicações dos professores está a reestruturação das carreiras, visando um aumento significativo no salário base. A proposta do Sinpro-DF é dobrar o vencimento-base, tornando a profissão mais atrativa e condizente com a importância do papel educacional. “Nós estamos tentando a negociação com o governo desde o início do ano, mas ele simplesmente encerrou o processo antes da assembleia, sem oferecer qualquer proposta”, afirmou Cleber Soares, membro da Comissão de Negociação do Sinpro.
Outras reivindicações no âmbito da valorização profissional
Os profissionais também cobram:
- A possibilidade de que professores temporários, quando efetivados, utilizem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões que garantem aumento salarial;
- A ampliação do percentual de aumento a cada mudança de padrão;
- A valorização da progressão horizontal, reconhecendo especializações, mestrado e doutorado na formatação de percentuais de aumento salarial.
A importância da educação e da valorização dos professores
A situação atual evidencia a urgência em se discutir a valorização dos professores e o investimento em educação no Brasil, especialmente em um momento onde a educação é a base para um futuro melhor. O movimento dos educadores no Distrito Federal reflete a luta de muitos profissionais que se sentem desvalorizados e desmotivados diante das condições de trabalho e das políticas de remuneração.
Assim, a greve dos professores do DF não é apenas uma manifestação por melhores salários, mas uma chamada à ação para que a sociedade e o governo reavaliem o papel dos educadores e a necessidade de um investimento sólido na educação, fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país.
O que vem a seguir?
Com a greve em andamento, a expectativa é que novas assembleias sejam realizadas, onde os professores poderão decidir sobre a continuidade da paralisação e discutir possíveis negociações com o governo. O cenário atual exige a união da comunidade escolar e da população em geral, pois a educação de qualidade deve ser uma prioridade em qualquer sociedade que almeje progresso.
Enquanto isso, a pressão sobre o governo se intensifica, e olho na possibilidade de um anúncio concreto que atenda às principais demandas da categoria. A educação é um pilar fundamental, e os professores merecem reconhecimento e apoio. A luta pela valorização da educação é de todos nós.
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