Brasil, 3 de junho de 2025
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Carlo Ancelotti é o primeiro técnico estrangeiro da seleção brasileira na Copa do Mundo

Brasil contrata Carlo Ancelotti como técnico em busca do hexa em 2026, rompendo tradição de escolher treinadores locais.

Pela primeira vez em sua história, o Brasil terá um técnico estrangeiro no comando da seleção em uma Copa do Mundo. A chegada de Carlo Ancelotti à CBF, com o objetivo de conquistar o hexa em 2026, marca uma virada histórica: o país que por décadas liderou a exportação de técnicos para seleções estrangeiras agora se junta ao grupo que busca fora o comandante de sua equipe. Este movimento reflete não apenas o desejo de renovação, mas também a necessidade de uma nova abordagem diante de um cenário competitivo em transformação.

História de uma mudança

A decisão do Brasil de optar por um técnico internacional rompe com uma tradição que, até então, parecia inabalável. Assim como o Brasil, apenas Alemanha e Argentina nunca haviam entregado o comando da seleção a um técnico estrangeiro em Copas. A partir de 2026, esse seleto grupo terá pelo menos dois integrantes, indicando uma nova era no futebol brasileiro. O Miami USA, país que recentemente adotou uma tendência semelhante, serve como exemplo do que pode ser a troca de comandos no cenário internacional.

Um panorama do passado

Até 2018, na Copa da Rússia, o Brasil havia fornecido 14 técnicos para seleções fora do país, desde Otto Glória, com Portugal em 1966, até Carlos Alberto Parreira, que dirigiu quatro seleções ao longo de sua carreira. No entanto, nas últimas edições, o Brasil não exportou treinadores, sendo ultrapassado pela Argentina, que agora tem 12 trabalhos no exterior. Este fato levanta questionamentos sobre a relevância das formações locais e sua capacidade de competir com abordagens internacionais.

A presença de técnicos estrangeiros

A presença de técnicos estrangeiros nas Copas do Mundo, embora não incomum, sempre oscila. Nos anos 2000, assistimos a um crescimento significativo na marca de técnicos de fora, mas, a partir de 2014, a tendência diminuiu. A Copa do Catar em 2022 trouxe apenas oito técnicos estrangeiros, uma fração do recorde de 15 em 2006. Essas oscilações evidenciam as complexidades e mudanças no futebol mundial.

Expectativas para Ancelotti

Como multicampeão europeu, Ancelotti chega ao Brasil com uma reputação consolidada, mas isso não exclui desafios. A pressão para quebrar um jejum de 24 anos sem título mundial é colossal. O histórico de técnicos estrangeiros na Copa do Mundo não é animador; apenas dois chegaram à final e 63% dos trabalhos pararam na fase de grupos. Além disso, a barreira do idioma pode ser um fator complicado, já que somente 32% dos técnicos estrangeiros falavam a mesma língua que seus jogadores. No entanto, Ancelotti se esforça para aprender português, aumentando suas chances de integração.

Preparação para as Eliminatórias

Depois de receber as bênçãos do Cristo Redentor, Ancelotti já está em São Paulo para preparar a seleção para os próximos jogos das Eliminatórias. O primeiro deles será contra o Equador, onde a equipe busca reafirmar sua força na região. A seleção brasileira, atual quarta colocada nas eliminatórias sul-americanas, tem 21 pontos e precisa continuar a trajetória positiva para garantir sua classificação ao Mundial de 2026, que ocorrerá nos Estados Unidos, Canadá e México.

Com o Brasil dependente apenas de si mesmo para se classificar, as expectativas em torno de Ancelotti são altas. O desempenho contra equipes como o Paraguai e o Equador será crucial para determinar como a nova era se desenrolará e se o técnico conseguirá resgatar a glória do futebol brasileiro.

À medida que Carlo Ancelotti assume o comando da seleção, o Brasil se posiciona em um novo eixo no cenário do futebol internacional – e as apostas estão abertas sobre o que o futuro reserva, tanto para o técnico quanto para a equipe que ele lidera.

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