Na manhã desta segunda-feira (2), Augusto Melo, presidente do Corinthians, se pronunciou sobre a crise política que abala o clube paulista, em uma entrevista ao programa “Sportscenter”, da ESPN. O dirigente foi afastado à força após sofrer um impeachment controverso e, apesar das confusões internas, ainda se considera o legítimo presidente da equipe.
Contexto da crise política no Corinthians
Os últimos meses têm sido tumultuosos no Parque São Jorge. A crise eclodiu quando Melo foi alvo de uma votação de impeachment. Ele, acompanhado do advogado José Eduardo Cardozo, alegou que o processo não teve a validade legal necessária e classificou-o como uma “armação”. Durante sua fala, ele se destacou ao afirmar que as decisões que levaram ao impeachment foram tomadas por um presidente do conselho que, segundo ele, não tem respaldo legal para tal ato.
“Essas votações foram marcadas por uma pessoa que não está no comando do conselho (Romeu Tuma Jr), não poderiam ser marcadas. Assim como o próprio interino (Osmar Stabile) anda dizendo que ele foi empossado pelo conselho, nós também e eu respeitei”, defendeu Melo. O ex-presidente enfatizou que não reconhece o impeachment e o classifica como uma “palhaçada”.
O processo de impeachment e suas implicações
Após o tumulto que se seguiu ao afastamento, incluindo uma invasão por torcedores à sede do clube e a atuação da Polícia Militar, Melo reiterou sua luta pelo retorno ao cargo. Ele apresentou um ofício que não foi reconhecido por Osmar Stabile, presidente interino que assumiu o cargo após o impeachment. “Não tem validade (o impeachment). Foi uma tremenda armação”, afirmou, questionando a credibilidade de seus opositores.
Próximos passos e interação com os sócios
Para que a situação seja resolvida, uma nova votação entre os sócios do Corinthians está marcada para o dia 9 de agosto, onde será definido se Melo continuará ou não no cargo. Apesar das conturbações, ele se mostrou confiante em um resultado positivo, reforçando seu compromisso com o clube.
“Tenho absoluta certeza (confiança no associado). O que estão fazendo com o clube é uma ditadura, cerceando o direito do sócio de ir e vir”, desabafou. O dirigente ainda lembrou o estado financeiro crítico em que encontrou o Corinthians e a evolução que o clube teve sob sua gestão: “Quando assumi o Corinthians, tinha R$ 180 milhões de dívida para pagar, hoje tem sete meses de salário em dia”.
Reflexões sobre a gestão e o futuro do clube
Augusto Melo não apenas defendeu sua posição, mas também destacou o trabalho realizado durante sua administração. Ele citou a paga de salários em dia e a responsabilidade financeira como conquistas importantes em meio a um cenário de turbulência e conflitos internos.
“Sempre me considerei presidente do clube desde o dia que fui eleito pelo sócio e pelo clube que vivencio há mais de 40 anos. Sempre tratamos as pessoas iguais”, concluiu, enfatizando que sua lealdade e fé no Corinthians são inabaláveis.
À medida que o clube se dirige para a votação decisiva, a expectativa é alta entre os torcedores que aguardam ansiosos para saber se a situação política do Corinthians tomará um novo rumo. O futuro do clube e de seu presidente permanece incerto, mas a paixão e o engajamento da torcida continuam sendo um dos pilares fundamentais na história do Corinthians.
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