Brasil, 4 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Anvisa proíbe três marcas de ‘café fake’ por riscos à saúde

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação e venda de três marcas de pó sabor café, que podem enganar consumidores e oferecer riscos

A Anvisa decidiu pela proibição da fabricação e comercialização de três marcas de pó para preparo de bebida sabor café, apelidados de ‘café fake’, após denúncias de irregularidades e riscos à saúde. Os produtos, que imitam embalagens de marcas tradicionais, são mais baratos e podem confundir consumidores na hora da compra.

Marcas proibidas e características dos ‘café fake’

As marcas impedidas de serem vendidas são Melissa, Pingo Preto e Oficial. Elas haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em março por apresentarem estado impróprio para consumo. As embalagens trazem descrições de “pó para preparo de bebida sabor café” em letras pequenas, além de utilizarem elementos visuais como cores, nomes semelhantes aos de marcas de café renomadas, para criar uma falsa impressão de produto original.

Um pacote de 500 gramas do produto, no valor de R$ 13,99 em janeiro, foi registrado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Apesar do apelido ‘café fake’, o governo ainda investiga se o produto pode configurar uma fraude, já que alguns usam ingredientes como cevada ou milho, sem declaração adequada na embalagem, para simular sabor e aroma de café.

Riscos à saúde e diferenciais de ingredientes

A principal preocupação é que esses produtos podem conter impurezas, ingredientes estranhos ou até substâncias nocivas, além de não garantir a presença real do grão de café. Segundo a legislação brasileira, o café pode ter até 1% de impurezas naturais, como cascas e folhas, mas é proibido o uso de elementos estranhos, como areia, pedras, grãos de outras espécies ou corantes.

O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, explica que há uma investigação para determinar se esses produtos configuram uma fraude e qual a composição exata dos ingredientes utilizados.

Como identificar o ‘café verdadeiro’ na prateleira

Especialistas destacam que a legislação brasileira permite produtos como pó de café puro, que contém apenas o grão, mas que os ‘fakes’ costumam usar embalagens similares às originais, incluindo fotos de xícaras e grãos, além de nomes semelhantes. Para evitar enganos, recomenda-se verificar o rótulo e buscar informações sobre a composição do produto.

Mariana Ribeiro, nutricionista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), alerta que alguns produtos indicam na embalagem a utilização de “polpa de café”, que, na verdade, corresponde à casca do fruto, considerada impureza, ou ingredientes como milho e cevada, que não são parte da composição do café verdadeiro.

Potenciais impactos do consumo de ‘café fake’

Além do risco à saúde, esses produtos podem representar uma prática de engano, já que muitas vezes não informam corretamente os ingredientes utilizados, podendo conter aromatizantes e outros ultraprocessados. O valor mais baixo, muitas vezes inferior ao do café tradicional, pode incentivar o consumo de itens de baixa qualidade e com maior potencial de prejuízo.

Perspectivas futuras e orientações ao consumidor

O Ministério da Agricultura e a Anvisa continuam monitorando o mercado e investigando a origem desses produtos. É importante que o consumidor preze por produtos certificados e leia atentamente os ingredientes e informações no rótulo. A fiscalização tende a se intensificar para coibir a venda de produtos potencialmente nocivos.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes