O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou neste domingo que os Estados Unidos “nunca darão calote” enquanto se aproxima o prazo para negociar o aumento do teto da dívida federal. Bessent declarou em entrevista ao programa Face the Nation, da CBS, que o país está em alerta, mas que há total compromisso de cumprir as obrigações fiscais.
Contexto das negociações e postura de Bessent
Em meio às discussões no Congresso, líderes republicanos condicionaram o aumento do limite de endividamento à aprovação de uma nova legislação de impostos e gastos, proposta pelo presidente Donald Trump. Segundo Bessent, ainda não há uma data definida para o momento em que o país atingirá o limite máximo de dívida, mas estimativas indicam que essa situação poderá ocorrer entre o final de agosto e meados de outubro.
— Não divulgamos a ‘data X’ porque usamos isso para avançar o projeto, declarou o secretário do Tesouro.
Impactos possíveis e previsão de curto prazo
Segundo assessores de Wall Street e consultores privados, o prazo para que os Estados Unidos possam enfrentar dificuldades financeiras deve ocorrer entre o final de agosto e outubro. A hipótese de um possível calote é vista como uma situação de risco, embora Bessent tenha reforçado a firmeza do país em não permitir que isso aconteça.
Ele também evitou determinar uma data precisa para o momento em que os recursos do governo se esgotarão, afirmando que a prioridade é “reduzir o déficit lentamente e de forma planejada ao longo dos próximos anos”.
Reforço de negociações e relação com a China
Bessent comentou ainda as tensões comerciais entre EUA e China. Após Trump acusar Pequim de violar um acordo tarifário firmado em maio, o secretário demonstrou confiança de que as negociações serão resolvidas em breve, apontando uma possível ligação entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping.
— Acredito que a conversa deve ocorrer nesta semana, disse Bessent, ressaltando que a gestão espera uma resolução rápida do impasse.
Reações e projeções econômicas
O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que uma possível ruptura no mercado de títulos é um cenário improvável. Ele acrescentou que a equipe faz previsões otimistas sobre o andamento das negociações comerciais.
O especialista também lembrou que a política de tarifas e os debates sobre a dívida refletem a complexidade da situação econômica e política dos EUA, influenciada por diferentes interesses e negociações internas.
Perspectivas futuros e movimentações no Congresso
Analistas de Wall Street estimam que o conflito político poderá se estender até meados de outubro, dependendo do ritmo das negociações no Senado. Enquanto isso, Bessent enfatiza que o objetivo do governo é garantir o cumprimento das obrigações fiscais e navegar na fronteira do limite de endividamento de forma responsável.
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