Brasil, 2 de junho de 2025
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Partidos de centro se articulam para enfrentar federação União-PP

Após a federação entre União Brasil e PP, Republicanos e MDB começam negociações para fortalecer alianças visando 2026.

A recente federação entre União Brasil e o Partido Progressista (PP) despertou um movimento de aproximação entre outros partidos de centro no Brasil. Com o foco nas eleições de 2026, Republicanos e MDB (Movimento Democrático Brasileiro) estão iniciando diálogos para possível união, enquanto o PSD (Partido Social Democrático) se mostra aberto a uma parceria informal. Juntas, essas cinco legendas detêm o controle de 11 ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e buscam consolidar uma posição forte na centro-direita para o pleito presidencial que se aproxima.

A busca por poder na centro-direita

Logo após o anúncio da federação, os presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do Republicanos, Marcos Pereira, reuniram-se e mostraram publicamente a intenção de firmar um relacionamento mais próximo. Na Câmara dos Deputados, a nova federação conta com 109 parlamentares. Caso o acordo entre MDB e Republicanos se concretize, esse número pode atingir 198 deputados, tornando-se uma força significativa no Congresso.

Desafios para a federação

O PSD, embora não ativamente envolvido nas tratativas de federação, também está sendo considerado para as conversações de uma aliança mais ampla. Os dirigentes do PSD, todos provenientes de São Paulo e integrando a base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), participam das discussões, mas sua inclusão é vista com cautela por membros de outras legendas, devido ao comportamento estratégico de Gilberto Kassab, seu presidente.

Possíveis candidatos à presidência

Tarcísio de Freitas surge como um possível candidato ao Planalto, dependendo do suporte de Jair Bolsonaro, embora o ex-presidente esteja inelegível. A situação política torna-se ainda mais complexa, pois em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, os partidos enfrentam oposição interna e precisam solucionar questões locais para não fragilizar as alianças.

Entraves nas alianças estaduais

No Rio, por exemplo, tanto o MDB quanto os Republicanos apoiam frentes de oposição ao prefeito Eduardo Paes (PSD), enquanto em Minas Gerais, as alianças entre Republicanos e o governador Romeu Zema (Novo) contradizem as intenções do MDB. Na Bahia, o cenário se complica ainda mais: o Republicanos é alinhado ao União Brasil, que atua contra o PT, enquanto PSD e MDB são pró-governo.

Expectativas para o futuro das alianças

Embora a movimentação para consolidar federações e apoio mútuo esteja em andamento, as divisões internas nos partidos, especialmente no MDB, são um fator que pode dificultar a formação de alianças coesas. Baleia Rossi e Marcos Pereira reconhecem que a decisão final sobre uma federação entre as siglas só deverá ser definida próximo das eleições, considerando que as tratativas estão em fase inicial.

Os debates sobre a necessidade de um programa unificado que atenda às demandas e interesses de todos os partidos envolvidos dominam as conversas, enquanto lideranças de partidos menores, como o PSDB, também entram na dinâmica para não perderem espaço nesta nova configuração político-partidária.

Desafios e oportunidades no cenário político

Analistas políticos afirmam que, apesar das dificuldades de articulação, especialmente na ausência de um comando central forte no MDB, as negociações podem render frutos no futuro. Em meio a um cenário eleitoral que será moldado pela capacidade de articulação e de aliança, os partidos centristas buscam evitar a fragmentação de suas bases e garantir uma representação significativa nas eleições de 2026.

Movimento de dissidência interna

Além dos desafios interpartidários, a federação já enfrenta sua primeira crise interna, com dissidências dentro do União Brasil prometendo se desfiliar devido à insatisfação com a administração interna levada por Antonio Rueda. Isso evidencia que, mesmo antes de uma federação consolidada, a unidade pode ser um desafio significativo na construção da frente de centro.

As movimentações políticas entre as siglas, as expectativas para as eleições de 2026 e as articuladas reflexões de lideranças sobre um modelo mais união entre esses partidos destacam-se como temas principais dos debates atuais. O desenrolar dessas discussões será essencial para que os partidos de centro se posicione de forma significativa nas próximas disputas eleitorais.

Ainda há muito a definir nos próximos meses, e as alianças em construção devem continuar a evoluir em resposta às dinâmicas políticas emergentes.

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