Brasil, 2 de junho de 2025
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Naercio Menezes Filho avalia desafios da mobilidade social no Brasil

Economista do Insper destaca que a desigualdade no país permanece devido à sociedade estratificada e reforça a importância da educação de qualidade

O economista Naercio Menezes Filho, professor do Insper, afirmou que, nos próximos 50 anos, não é esperada uma mudança radical na direção de mais igualdade de oportunidades no Brasil. Segundo ele, a sociedade brasileira ainda é altamente estratificada, na qual o nascimento determina, em grande parte, o futuro das pessoas. Para valorizá-lo, a melhora na educação é fundamental para promover maior mobilidade social.

Desafios persistentes na sociedade brasileira

Naercio destaca que o Brasil mantém uma estrutura social em que oportunidades são fortemente influenciadas pelo local de origem. “Se você nasceu em bairros como o Leblon, na Zona Sul do Rio, com acesso a boas escolas e bem-estar, as chances de prosperar são muito maiores”, explicou. Em contrapartida, quem vem de regiões com baixa qualidade de educação e altos índices de criminalidade enfrenta dificuldades gigantescas para ascender socialmente.

O impacto da educação na mobilidade social

Para o economista, a chave para alterar essa realidade está relacionada à qualidade da educação oferecida às crianças e jovens. Mesmo com programas como o Bolsa Família e o acesso ao SUS, ele destaca que o aprendizado nas escolas ainda é insuficiente. Muitas crianças concluem o ensino médio, mas não adquiriram habilidades necessárias para o mercado de trabalho, empreendedorismo ou uso de novas tecnologias.

Resultado das políticas sociais e futuro da desigualdade

Até os anos 2000, a maioria dos jovens tinha poucas oportunidades, e, embora os avanços nas políticas sociais tenham melhorado a situação, eles ainda não são suficientes para uma mudança significativa. “Houve ganhos em produtividade por manter as crianças na escola por mais tempo, mas eles ainda são tímidos”, avaliou Naercio.

Perspectivas para o médio prazo

Naercio acredita que uma sociedade mais meritocrática, com maior mobilidade intergeracional, é improvável de acontecer no curto prazo. “Os mais ricos continuam a controlar o poder político e influenciam as decisões econômicas, dificultando uma mudança profunda”, afirmou. Para ele, é pouco provável que haja mudanças radicais nos próximos 50 anos.

Mais detalhes sobre a análise de Naercio Menezes Filho podem ser conferidos na matéria completa no site do jornal O Globo.

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