Brasil, 3 de junho de 2025
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Lula critica ofensiva dos EUA contra o STF e defende Moraes

Presidente comenta sobre possíveis sanções dos EUA a Alexandre de Moraes durante congresso do PSB.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou um congresso do PSB realizado neste domingo para abordar a questão das movimentações do governo dos Estados Unidos, que podem ter como alvo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Lula argumentou que uma possível sanção americana seria uma retaliação ao desejo de Moraes de prender um brasileiro que estaria agindo contra o Brasil em solo norte-americano. O tema surge após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, ter anunciado restrições de visto contra autoridades de outros países acusadas de censura.

A crítica de Lula às ações dos EUA

Durante suas declarações, Lula não hesitou em manifestar seu descontentamento com a posição dos Estados Unidos. Ele destacou a incoerência em criticar a justiça brasileira enquanto o governo americano se envolve em questões internas de outros países. “Os EUA querem processar Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, afirmou, referindo-se e criticando a postura do governo norte-americano.

Relação entre Moraes e investigações nos EUA

A situação se torna mais tensa à medida que Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é mencionado como parte das investigações relacionadas a Moraes. Eduardo está nos Estados Unidos e é acusado de atuar contra o ministro do STF e outras autoridades brasileiras. A defesa de Lula destaca que a intenção de Moraes em prender um brasileiro nos EUA pode ser vista como um ponto central das pressões que o governo dos EUA vem exercendo sobre o ministro.

A importância do fortalecimento das instituições multilaterais

Além de criticar as medidas dos Estados Unidos, Lula aproveitou a oportunidade para atacar o ex-presidente Donald Trump, ressaltando a necessidade de fortalecer instituições multilaterais. “Trump está querendo acabar com o multilateralismo e criar o unilateralismo. É importante reforçar a OMC e a ONU para defender nossos interesses”, pontuou. Essa defesa do multilateralismo, de acordo com o presidente, é vital para respeitar a soberania de cada nação.

Ele enfatizou que “ninguém se mete nas coisas do Brasil e nós não nos metemos nas coisas dos outros”, um apelo claro para que as nações respeitem a autonomia brasileira, especialmente em momentos delicados em que a democracia e as instituições estão sob pressão.

Cenário eleitoral de 2026: a necessidade de senadores alinhados

Outro ponto abordado por Lula durante o congresso foi a importância das próximas eleições, especialmente para o Senado em 2026. Ele defendeu que a eleição de senadores alinhados ao governo é crucial para garantir a governabilidade e a proteção das instituições democráticas. “Precisamos eleger senadores da República. Se eles elegem a maioria, vão ‘fazer uma muvuca’ nesse país”, alertou.

A defesa das instituições democráticas

O presidente se mostrou preocupado com os ataques às instituições, afirmando que é necessário preservar a Suprema Corte e outras estruturas que garantem a democracia no Brasil. “Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce. Precisamos preservar as instituições que garantem o exercício da democracia nesse país”, afirmou, enfatizando que destruir o que não se gosta pode resultar na perda de tudo.

O evento também marcou um momento de reflexão sobre a importância da política interna e como ela pode impactar as relações exteriores do Brasil. Lula reforçou que as eleições para o Senado podem ser ainda mais significativas do que as disputas para governadorias, reafirmando a necessidade de uma estratégia coesa para evitar retrocessos nas conquistas democráticas.

A recente declaração de Lula não apenas reflete a complexidade das relações entre Brasil e Estados Unidos, mas também serve como um fator de motivação para o fortalecimento da democracia brasileira frente a pressões externas e desafios internos. A expectativa é que as discussões continuem e que o cenário político se desenrole com maior clareza nos próximos meses.

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