Brasil, 2 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Liberdade provisória de MC Poze do Rodo é solicitada pela defesa

A defesa do cantor pede habeas corpus após prisão em operação da Polícia Civil do RJ. Entenda os detalhes do caso.

A defesa do MC Poze do Rodo, famoso funkeiro carioca, entrou com um pedido de habeas corpus visando a liberdade provisória do artista. Poze, que está preso desde a última quinta-feira (29/5), é alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sendo investigado por apologia ao crime e suposto vínculo com o Comando Vermelho (CV).

Detenção e justificativas da defesa

Atualmente, MC Poze se encontra detido na unidade prisional de Bangu, onde ocupa uma cela destinada a membros da facção criminosa. Essa medida foi tomada após o artista manifestar receio de permanecer em um ambiente com detentos do Terceiro Comando Puro (TCP).

O advogado do cantor alega na petição que o artista está sendo vítima de uma “perseguição cultural” e que essa situação representa uma “perseguição à arte periférica”. Segundo ele, as provas apresentadas pela polícia para justificar a prisão seriam frágeis e subjetivas, o que levanta questões sobre a validade da detenção do artista. O habeas corpus ainda aguarda análise na 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital.

As investigações da Polícia Civil

De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a operação que resultou na prisão do MC Poze foi fundamentada em uma suposta “relação sólida” entre o cantor e o Comando Vermelho. As investigações indicam que Poze teria participado de festas organizadas pela facção em comunidades controladas por ela, como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus.

Ainda segundo as apurações, o funkeiro teria realizado shows contratados pelo grupo criminoso nessas localidades, o que, segundo os investigadores, estaria ligado a atividades de lavagem de dinheiro provenientes do tráfico de drogas.

Circunstâncias da prisão

A Justiça, ao deferir a prisão de Poze, destacou que o grupo do qual ele seria parte também realizava rifas de veículos e transferências via Pix, com prêmios que podiam atingir até R$ 200 mil. Contudo, a documentação dos veículos sorteados não era transferida para os supostos vencedores, o que aponta para irregularidades nas operações realizadas.

A polícia observou que os envolvidos utilizavam os resultados da Loteria Federal como referência para os sorteios, criando uma falsa impressão de legalidade nos processos. No entanto, não havia qualquer auditoria oficial para validar os ganhadores, e as evidências sugerem que um aplicativo personalizado era utilizado, indicando práticas fraudulentas.

Sanções judiciais e apreensões

Além de MC Poze, sua esposa, Viviane, também enfrentou sanções judiciais relacionadas ao caso. Embora o processo esteja correndo em segredo de Justiça, foi confirmado que diversos bens foram apreendidos, incluindo veículos de luxo, como uma Land Rover, uma BMW e um Honda HRV, além de joias de alto valor.

A situação de MC Poze do Rodo destaca não apenas as complexidades da arte periférica no Brasil, mas também as dificuldades enfrentadas por artistas em meio a questões sociais e políticas. Enquanto sua defesa busca alternativas jurídicas para a liberdade do cantor, o caso levanta discussões sobre as implicações legais e culturais da música de favela na sociedade brasileira.

O desfecho dessa situação ainda é incerto, e muitos fãs e apoiadores aguardam ansiosamente por novidades e pela análise do habeas corpus, que poderá impactar diretamente não apenas a vida do artista, mas também a percepção pública sobre a arte e a cultura periférica no Brasil.

Link da fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes