Brasil, 3 de junho de 2025
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Governo Trump mira empresas de tecnologia em nova fase de corte de gastos

Administração busca reduzir custos com fornecedores de tecnologia que atendem às agências federais, visando economizar bilhões de dólares

O governo de Donald Trump intensificou sua ofensiva para cortar gastos, agora direcionando o foco para empresas que fornecem serviços de tecnologia às agências federais dos Estados Unidos. Segundo o The Wall Street Journal, a medida faz parte de um esforço para revisar contratos e reduzir custos excessivos na aquisição de produtos e serviços de TI.

Foco nas revendedoras de valor agregado

De acordo com a matéria, a Administração de Serviços Gerais (GSA) enviou, na semana passada, cartas a 10 fornecedores de tecnologia, incluindo nomes como a Dell e a empresa de TI CDW. A solicitação solicita que as companhias forneçam detalhes sobre seus custos, margens de lucro e áreas potenciais para cortes de despesas.

Essas empresas, conhecidas como revendedoras de valor agregado, costumam montar combinações de diferentes produtos e serviços tecnológicos para atender às necessidades do governo americano, uma prática comum que agora será alvo de auditoria intensiva.

Revisão de contratos e economia federal

Segundo o documento, assinado por Josh Gruenbaum, comissário do Serviço de Aquisição Federal, as respostas deverão ser enviadas até 11 de junho. Ele frisou que as empresas devem avaliar se os preços praticados estão em conformidade com as melhores práticas do setor privado, buscando reduzir os custos para o contribuinte.

Desde janeiro, o governo dos EUA cancelou mais de 11 mil contratos em 60 agências, economizando cerca de US$ 33 bilhões, destacam fontes próximas ao trabalho da GSA. Processos de aquisição considerados complexos têm contribuído para aumentos excessivos de preços, o que motivou a revisão atual.

Impacto nas empresas de tecnologia e nos gastos públicos

Segundo a reportagem, a estratégia de Trump visa eliminar intermediários sempre que possível, incentivando compras diretas de fabricantes por ordem executiva assinada em abril. Essa política tem causado turbulências nas empresas de TI contratadas pelo governo, levando até mesmo à demissão de funcionários, como exemplifica a Booz Allen, que anunciou a eliminação de 2.500 empregos em resposta às restrições orçamentárias.

Reações e perspectivas futuras

Procuradas, Dell e CDW não responderam aos pedidos de comentário. A administração estima que, ao revisar contratos e consolidar compras, será possível ampliar a economia, além de combater práticas que elevam os custos para o contribuinte americano.

Especialistas avaliam que a medida pode fortalecer o esforço de austeridade do governo, mas também gerará dificuldades para as empresas de tecnologia que atuam junto ao setor público, apontando para um período de adaptações no mercado de TI federal.

Próximos passos e possíveis consequências

A expectativa é que a revisão dos contratos traga mudanças estruturais no relacionamento entre o governo e as fornecedoras de tecnologia, além de influenciar futuras políticas de aquisição pública nos EUA. A resposta das empresas até 11 de junho será determinante para definir o rumo dessa nova fase de austeridade.

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