Os principais assessores econômicos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmaram neste domingo que não serão desencorajados pela recente decisão judicial que considerou ilegais várias tarifas implementadas pelo governo. Eles destacaram que a Casa Branca ainda dispõe de outros instrumentos legais para pressionar a China e outros países a negociações comerciais.
Resistência às tarifas e estratégias legais
Apesar da decisão de um tribunal federal que questionou o uso de uma lei de poderes econômicos emergenciais, os assessores deixaram claro que o governo continuará a manter suas políticas tarifárias. Um porta-voz do governo afirmou que “fiquem tranquilos, as tarifas não vão desaparecer”, durante participação no programa “Fox News Sunday”.
Implicações jurídicas e possibilidades futuras
O tribunal de apelações concedeu uma breve pausa administrativa para que o governo analise os argumentos, mas a expectativa é que o caso siga até a Suprema Corte dos Estados Unidos. Alvo de críticas, a estratégia tarifária de Trump entrou em território político e jurídico desconhecido na semana passada, após o tribunal federal decidir que o presidente utilizou indevidamente a lei de poderes econômicos emergenciais para travar uma guerra comercial global.
Conflitos comerciais e negociações em andamento
As tarifas recíprocas, inicialmente suspensas em abril, continuam sendo um elemento central na estratégia de pressão econômica de Trump. Segundo Howard Lutnick, secretário de Comércio, “não vejo hoje que uma prorrogação esteja a caminho”, indicando que as tarifas podem ser retomadas em julho, conforme planejado.
Essa estratégia entrou em um estágio delicado após a decisão judicial, que dificultou a implementação das tarifas, consideradas essenciais para pressionar países a negociarem acordos comerciais justos. Desde então, os avanços nas negociações têm sido lentos, com apenas uma estrutura preliminar de acordo com o Reino Unido anunciada até o momento.
Pressão sobre a China e medidas comerciais recentes
Mesmo diante desse cenário, Trump manteve a postura de pressão sobre a China, acusando o país de violar um acordo comercial negociado anteriormente, no qual reduziram tarifas em expectativa de um tratado de longo prazo. Além disso, anunciou o aumento das tarifas do aço importado para 50%, medida que pode impactar os preços para os consumidores americanos.
Kevin Hassett, chefe do Conselho Econômico Nacional, afirmou que há a expectativa de uma conversa com o líder chinês, Xi Jinping, nesta semana, embora ainda não haja confirmação. Entretanto, Scott Bessent, secretário do Tesouro, destacou que as negociações com Pequim estão paralisadas, sobretudo devido à retenção das exportações de minerais de terras raras pela China, essenciais para cadeias industriais globais.
Contexto internacional e perspectivas futuras
Além da crise comercial com a China, os EUA continuam a ampliar sanções a empresas de tecnologia chinesas, incluindo repressões a subsidiárias, reforçando a estratégia de pressão econômica. Essa postura revela a continuidade de uma política de enfrentamento que busca proteger empregos e setores estratégicos internos, mesmo frente às complicações jurídicas que o governo enfrenta.
Por outro lado, agências de avaliação, como a Moody’s, reduziram a perspectiva da nota de crédito do Brasil por problemas fiscais, indicando incertezas econômicas globais que podem influenciar os desdobramentos dessas tensões comerciais e políticas.
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