Brasil, 2 de junho de 2025
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Padrasto é preso acusado de feminicídio de adolescente no Piauí

Ramon Silva Gomes, de 30 anos, foi detido após morte da enteada Maria Victória, encontrada em casa com sinais de violência.

Policiais civis da Delegacia de Itaueira, localizada a 344 km de Teresina, no Piauí, prenderam Ramon Silva Gomes, de 30 anos, acusado de feminicídio. Ele é padrasto da adolescente Maria Victória Rodrigues dos Santos, de 15 anos, cuja morte foi descoberta na noite do dia 24 de março. O caso gerou comoção e é investigado com rigor pelas autoridades.

Prisão temporária e contradições nos depoimentos

A prisão de Ramon ocorreu na última sexta-feira, dia 30 de maio, e é de caráter temporário, o que significa que possui um prazo determinado. As investigações policiais revelaram que Ramon estava presente no local da morte da enteada, fato que contraria os depoimentos apresentados por ele até o momento. Essa contradição levantou sérias suspeitas sobre sua inocência e levou os investigadores a solicitar sua detenção.

Além disso, a Polícia Civil do Piauí indicou que a possibilidade de conversão da prisão temporária em preventiva será considerada com o prosseguimento do inquérito. Após sua detenção, Ramon foi transferido para a Penitenciária de Floriano, onde permanece à disposição da Justiça. A reportagem também buscou contato com a defesa do acusado, mas não conseguiu localizar nenhum representante.

O crime e as circunstâncias da morte

O crime chocou a comunidade local, especialmente pela brutalidade envolvida. Em março, a mãe de Maria Victória a encontrou caída em seu quarto, ensanguentada, e imediatamente pediu socorro. Ao ouvir os gritos, vizinhos se apressaram até o local, mas, ao chegarem, perceberam que a jovem já estava sem vida. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar, isolou a área para que a perícia criminal realizasse seu trabalho.

De acordo com a Polícia, o corpo da adolescente apresentava perfurações causadas por arma branca e marcas de espancamento, evidenciando a violência que ela sofreu. A natureza do crime despertou uma onda de indignação e protestos na comunidade, que exigem justiça e medidas mais rígidas contra a violência doméstica e feminicídios.

Investigação e repercussão do caso

O inquérito segue em andamento, com o intuito de reunir todas as provas e depoimentos necessários. O caso de Maria Victória é apenas um entre muitos que refletem o alarmante aumento da violência contra mulheres e adolescentes no Brasil. A situação tem gerado debates sobre a necessidade de ações mais enérgicas por parte do governo e da sociedade para combater este tipo de crime e proteger as vítimas.

Em várias partes do país, movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos humanos têm clamado por mudanças nas legislações e por melhores condições de acolhimento para vítimas de violência. O feminicídio, um crime que já deveria ter condições de mínimo controle, continua a fazer vítimas em diversas regiões, tornando indispensável que a sociedade brasileira não apenas discuta, mas também implemente formas efetivas de proteção e justiça.

A violência doméstica e os feminicídios são temas que desafiam a liderança e a empatia de todos os cidadãos. A cada caso novo, cresce a necessidade de uma resposta mais ousada e imediata por parte do Estado e da sociedade civil, que deve unir esforços para prevenir essas tragédias e oferecer amparo às vítimas. O caso de Maria Victória é um doloroso lembrete de que a luta contra a violência de gênero ainda está longe de ser vencida.

Por fim, a comunidade aguarda a conclusão das investigações, esperançosa de que a Justiça será feita e que a memória de Maria Victória não será esquecida.

Para mais informações sobre violência e direitos humanos, você pode acessar os links relacionados a este tema.

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