Brasil, 1 de junho de 2025
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Opep+ aumenta produção de petróleo pelo terceiro mês consecutivo

A Opep+ aprova aumento na oferta de petróleo, buscando recuperar participação de mercado e pressionar os preços do combustível mundialmente

Na última sábado, a Opep+ — grupo que reúne 11 países observadores com participação na Organização dos Países Exportadores de Petróleo — aprovou um novo aumento na produção de petróleo, marcando o terceiro mês de elevação contínua na oferta, apesar da resistência de membros como Rússia e Omã.

Decisão liderada pela Arábia Saudita e suas consequências

A medida, liderada pela Arábia Saudita, representa uma mudança estratégica significativa, na qual o grupo aposta na queda dos preços para ampliar sua participação de mercado e pressionar países que vêm descumprindo suas metas de produção. Segundo comunicados do grupo, em videoconferência, o aumento de 411.000 barris por dia acontecerá em julho, após elevações similares programadas para maio e junho.

Impacto no Brasil e cenário internacional

O aumento na produção também tenta punir países que excederam suas cotas, como Cazaquistão e Iraque, além de recuperar fatia de mercado perdida para produtores de petróleo de xisto, principalmente nos Estados Unidos. Ainda, a estratégia busca agradar o presidente dos EUA, Donald Trump, que deseja preços mais baixos para combustíveis.

Resistências internas e divergências na Opep+

Embora tenha havido consenso em relação ao aumento de julho, alguns membros manifestaram resistência. Rússia, Argélia e Omã defenderam uma pausa na elevação da produção, conforme relatam delegados sob confidencialidade. A divergência aumenta as incertezas sobre os próximos passos do cartel.

Consequências financeiras e futura estratégia

As divergências entre Rússia e Arábia Saudita, os principais influenciadores do cartel, deverão ser discutidas em 6 de julho, quando os membros decidirão sobre os níveis de produção para agosto.

Perspectivas futuras para o mercado de petróleo

O petróleo chegou a atingir a mínima de quatro anos, abaixo de US$ 60 por barril, em abril, mesmo com a decisão do cartel de aumentar a oferta. Analistas avaliam que a estratégia poderá levar a uma nova queda nos preços, com o contrato de Brent podendo atingir US$ 50 ainda neste ano, devido ao excesso de produção mundial.

De acordo com o analista Giovanni Staunovo, do UBS Group AG, o mercado considera positivamente os aumentos recentes, embora a possibilidade de preços mais baixos esteja no horizonte, devido ao excesso de oferta global.

Impacts na economia global e no Brasil

Ao elevar a produção de petróleo, a Opep+ retoma parte do volume que foi paralisado nos últimos anos, cujo processo estava previsto para terminar somente em 2026, mas pode ser acelerado, dependendo das próximas decisões do grupo. Essa mudança de estratégia traz riscos financeiros aos produtores, enquanto consumidores podem se beneficiar com preços mais baixos.

Para o Brasil, que faz parte do cartel, o impacto deve ser sentido na política de preços de combustíveis. O maior nível de produção global e a tendência de queda no preço do petróleo podem levar à redução dos preços da gasolina e do diesel no país, conforme declara o presidente da Petrobras.

Enquanto a arrecadação com exportações de petróleo pode diminuir, o cenário de preços mais baixos também representa desafios para as receitas governamentais e investimentos em projetos de infraestrutura e energia.

Para entender mais sobre a participação do Brasil na Opep+ e os efeitos dessa estratégia, acesse o que o país pode ganhar e perder ao se aliar ao cartel global do petróleo.

Para mais informações sobre o mercado internacional de petróleo, confira a reportagem da Globo sobre a elevação de oferta da Opep+.

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